Para presidente da Orplana, Código florestal está próximo do consenso

Publicado em 11/10/2011 10:27
A aprovação do Novo Código Florestal no Senado brasileiro parece chegar próximo ao consenso entre as principais partes envolvidas na discussão, ambientalistas e ruralistas. Para a bancada que apoia a agricultura, as compensações legais para áreas já consolidadas é um dos poucos temas que ainda geram impasses.

"Tanto o País, quanto as florestas e a agricultura são preciosos para nós, e com base nisso nasceu esse grupo que está fazendo gestões junto aos deputados, e está fazendo com o senado. Para mostrar que o setor rural está fazendo o seu papel", afirmou Ismael Perina Junior, presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana), no último debate sobre a questão realizado na última sexta-feira, dia 7, na Universidade presbiteriana Mackenzie. Para ele, o novo Código Florestal, enfim, está chegando a um consenso.

Perina Junior disse que a principal necessidade apontada pela classe ruralista é acerca dos custos para reflorestamento.  "A questão do cerceamento do uso das terras tem de gerar compensações, se eu comprei e não posso usar, o governo tem de compensar. Os outros temas já foram muito discutidos, e chegamos a um consenso", diz.

O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), relator de duas comissões do Senado afirmou, durante o Seminário Reforma do Código Florestal, em São Paulo, que incluirá no projeto de lei incentivos econômicos para aqueles que preservam florestas.  

Uma das sugestões, a de criar o "papel verde nacional", partiu da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "Se um estudo de impacto ambiental determinou que o projeto de uma indústria vai gerar um determinado dano ambiental, essa indústria então compraria papéis verdes de um cidadão que tem uma floresta. Ou seja, transforma-se a floresta num bem econômico ou, mais simplesmente, faz a árvore em pé valer mais que a árvore cortada", garantiu.

Para o professor Eduardo Condoreli , engenheiro agrônomo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul),  caso o código seja aceito como está, a agricultura brasileira responsável por quase R$ 60 bilhões na balança comercial brasileira em 2010, perderia mais de R$ 30 bilhões com as reduções previstas.

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Por:
Marília Pozzer
Fonte:
Notícias Agrícolas

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