Unidade de aves da Seara de Jaraguá do Sul/SC anuncia fechamento da fábrica

Publicado em 13/12/2011 12:30

A unidade de aves da Seara localizada em Jaraguá do Sul (SC) anunciou na última sexta-feira (09), o fechamento da fábrica, que tinha 890 funcionários e era abastecida por 199 produtores do norte de Santa Catarina.

A decisão foi motivada por dois fatores principais, segundo a agroindústria catarinense, que é controlada pelo grupo Marfrig. A primeira é a distância de importantes centros produtores de grãos do país, como Paraná,Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e seu impacto nos custos - o milho é a principal matéria-prima para rações.

O diretor de operações da Seara, Marco Antonio Siqueira, afirmou que a empresa também se deparou com escassez de mão-de-obra local nos últimos anos. "Eles se tornaram verdadeiros desafios para a continuidade da atividade  rentável na região", disse Siqueira.

A produção local será transferida para as unidades de Lapa (PR), Ipumirim e Passos (MG). Nenhum funcionário será realocado. A auxiliar de produção Loena Koch, 45, que trabalhava há 16 anos na unidade, prevê dificuldade ao retornar ao mercado de trabalho. "Tenho pouco estudo e fica difícil conseguir uma vaga", disse ela.
 
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A fábrica de Jaraguá tinha capacidade de processar 9 mil aves por hora. Os trabalhadores foram colocados em férias coletivas e, a partir de 11 de janeiro, receberão as rescisões. O acerto foi feito na última sexta-feira (09), entre os representantes da empresa e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Jaraguá.

As férias e a metade do 13o salário dos funcionários que entraram no período de férias coletivas já foram depositados pela empresa.

Desde que foi inaugurada, em 1970, como Frigorífico Rio da Luz S.A., a unidade fechada em Jaraguá do Sul passou por cinco controladores, cresceu e habilitou-se para atender ao mercado externo.

Para o presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Durval Marcatto, o fechamento da unidade da Seara no Norte do Estado deve provocar maior impacto sobre os produtores de aves do que nos funcionários do abatedouro. "Apesar de serem quase 900 funcionários, metade deles de Jaraguá do Sul e o restante moradores de outras cidades da região, é provável que esta fatia seja absorvida pelas indústrias locais", afirma Marcatto.
 
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No caso dos produtores de frango, o presidente da Acijs acredita que o aproveitamento será mais difícil, já que Jaraguá do Sul não tem mais vocação para a agroindústria.

No comunicado oficial encaminhado pela assessoria da Seara, a empresa afirma que dos 199 produtores que forneciam frango para a unidade fechada, cerca de 80 permanecerão no sistema da empresa e vão suprir a demanda do complexo localizado na cidade de Lapa, no Paraná. Com informações do Diário Catarinense.

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Fonte:
Agência Safras

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