Indicado pelo PTB, presidente da Conab pede demissão

Publicado em 10/02/2012 15:17 e atualizado em 10/02/2012 16:18
Evangevaldo Moreira anunciou ter entregue o pedido na terça-feira. Até agora, entretanto, o Palácio do Planalto não se posicionou sobre a saída.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo Moreira dos Santos, anunciou nesta sexta-feira que deixará o cargo. Indicado pelo líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), ele divulgou uma nota em que revelou ter entregue sua carta de demissão na última terça-feira, "em caráter irrevogável", ao Palácio do Planalto. Até agora, no entanto, a presidente Dilma Rousseff não se pronunciou sobre o tema. Por isso, o presidente da Conab permanece no posto até que a demissão seja oficializada.


O presidente da Conab, Evangevaldo Moreira (à esq.), e o deputado Jovair Arantes, seu padrinho: emissário e mandante em pedido de dinheiro

O presidente da Conab, Evangevaldo Moreira (à esq.), e o deputado Jovair Arantes, seu padrinho (Fotos: Alan Marques/Folhapress e Carlos Moura/CB/DA Press)

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo Moreira dos Santos, anunciou nesta sexta-feira que deixará o cargo. Indicado pelo líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), ele divulgou uma nota em que revelou ter entregue sua carta de demissão na última terça-feira, "em caráter irrevogável", ao Palácio do Planalto. Até agora, no entanto, a presidente Dilma Rousseff não se pronunciou sobre o tema. Por isso, o presidente da Conab permanece no posto até que a demissão seja oficializada.

Na nota enviada nesta sexta-feira, Evangevaldo não detalhou os motivos pelos quais pediu demissão, mas disse que agora vai trabalhar na campanha de Jovair à prefeitura de Goiânia.  Em janeiro, VEJA revelou que o onipresente Jovair Arantes pediu 4 milhões de reais para garantir que Osmar Pires Martins Júnior, presidente da Agência Goiana de Meio Ambiente em 2006, continuasse no cargo. O portador da proposta teria sido justamente Evangevaldo.

Não foi o primeiro escândalo envolvendo a dupla: o presidente da Conab sobreviveu à maré de denúncias que derrubou Wagner Rossi do Ministério da Agricultura. Mas agora, se não pedisse demissão, Evangevaldo provavelmente seria demitido – pelo menos é esse o recado que o governo fez chegar a ele.

O PTB, que não controla nenhum ministério, tinha na Casa da Moeda e na Conab seus postos mais importantes dentro do governo. Desta forma, agora que o partido perdeu os dois postos (Luiz Felipe Denucci, da Casa da Moeda, foi demitido no fim de janeiro sob suspeita de corrupção), as quedas podem ocasionar uma crise na relação com o governo. A legenda é dona de 21 cadeiras na Câmara e seis no Senado.

Veja a nota divulgada por Evangevaldo nesta sexta-feira:

Ao longo desta semana, sempre que questionado pela imprensa quanto à possibilidade do meu afastamento da Presidência da Companhia Nacional de Abastecimento, preferi não me manifestar sobre o assunto. O meu silêncio decorria do profundo respeito que tenho pelos mais de 4 mil empregados e colaboradores da empresa que, a meu ver, deveriam ter essa informação antes de qualquer veículo de comunicação.

Hoje pela manhã, divulguei uma carta aberta dirigida ao corpo funcional da Conab, informando que entreguei meu pedido de demissão ao Palácio do Planalto, em caráter irrevogável, no dia 07 de fevereiro passado, desde quando permaneço aguardando as decisões da Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff, uma vez que cabe única e exclusivamente a ela determinar e nomear o meu substituto. Neste meio tempo, continuarei no desempenho rotineiro das minhas atividades na Companhia e, uma vez desligado da empresa, retornarei a Goiânia, onde pretendo colaborar na coordenação da campanha à prefeitura municipal do pré-candidato Deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara Federal.

Evangevaldo Moreira dos Santos

Presidente da Conab

Condenação no caso Garcafé pode ter tirado Bertone do Ministério da Agricultura


Manoel Bertone
Governo se livra do presidente da Conab, segundo o colunista Cláudio Humberto, após ser denunciado pelo Ministério Público por fraude no exame da OAB em Goiás, o presidente da Cia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo Moreira dos Santos, finalmente vai deixar o cargo, como queria o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura). Se não pedisse para sair, ele seria demitido sumariamente.


Saída de Manoel Bertone (foto) do Ministério da Agricultura


Segundo informações obtidas pelo News Cafeicultura, com a ida de José Gerardo Fontelles para a secretária de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, a saída de Manoel Vicente Bertone, era apenas uma questão de tempo. 


De acordo com informações da Agência Estado, Bertone alegou que deixou o Ministério para ficar próximo à família, como motivação para seu pedido de demissão do cargo de Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura.


Já para o liquidante da massa falida da Garcafé, José Wilson, o caso envolvendo a falência da cooperativa de café pode ter motivado a saída de Manoel Bertone do Ministério da Agricultura, já que Bertone recebeu uma condenação do Ministério Público Federal, juntamente com outros 2 Diretores da Garcafé, de 2 anos e onze meses de reclusão, além de multas, em decorrência da apropriação indébita continuada dos valores pertencentes ao INSS. 


Agrava-se ainda processos que estão em andamento na Delegacia de Polícia de Garça e junto à justiça Estadual, movidas pelo Liquidante, impetrados contra Manoel Vicente Bertone. 


Segundo Wilson a divulgação de tal situação certamente criaria mais embaraços para o Governo Dilma, e acredita que agiram preventivamente, a fim de se evitar mais desgastes para o Governo.


NA FOLHA DE S.PAULO: 


Presidente da Conab pede demissão após denúncia de fraudes


O presidente da Conab, Evangevaldo Souza, anunciou nesta sexta-feira que pediu demissão do cargo à presidente Dilma Rousseff.

Ele deixa a companhia após seu padrinho político, o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), envolver-se numa polêmica com o ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a indicação do ex-presidente da Casa da Moeda, demitido há duas semanas por suspeita de envolvimento em esquema de corurpção. Jovair sustenta que a indicação foi o ministro enquanto Mantega diz que foi o deputado, o que levou a oposição a pedir a convocação do ministro para se explicar.

Em nota, Souza afirma que "pretende colaborar" com a campanha de Jovair à prefeitura de Goiânia, mas não justifica a razão da sua saída da empresa. A Folha apurou que um relatório da CGU (Controladoria Geral da União) apontou problemas na Conab, mas não o responsabiliza. Ele assumiu a pasta em março do ano passado.

O líder do PTB afirmou que não se trata de retaliação e que já indicou ao governo nomes para substituir o presidente da Conab. "Garantia de que o governo vai escolher a minha indicação não tem, mas existe um compromisso. Tenho feito minha parte, mais ajudado o governo do que o governo tem me dado atenção." O líder afirmou que a saída de Evangevaldo é porque "ficou chato" todo dia o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura) dizer que vai substituí-lo. "É uma situação complicada."

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), vinculada ao ministério, teve o nome envolvido em escândalo que ajudou a tirar do ministério Wagner Rossi.

A Conab é ligada ligado ao Ministério da Agricultura e esteve envolvida nas suspeitas que levaram à queda do ex-ministro Wagner Rossi. Na época das denúncias, reportagem daFolha revelou que a estatal se tornou um cabide de empregos para acomodar parentes de líderes políticos do partido do ex-ministro, o PMDB.

Uma auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) também apontou irregularidades na administração da companhia.

Após assumir a pasta, o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura), anunciou que fariamudanças no órgão.

OAB

Recentemente Santos também foi acusado pelo Ministério Público Federal em Goiás de envolvimento num suposto esquema que fraudava o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

A Procuradoria afirma que ele atuou, em 2006, como "ponte" no esquema e também pagou para que um subordinado seu fosse aprovado na prova.

Na época, o presidente da Conab comandava a Agência Ambiental do Estado de Goiás.

O Ministério Público alega que Santos era "amigo íntimo de um dos membros da quadrilha que fraudava a prova".

Conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal mostram que ele sabia como a quadrilha trabalhava e o flagraram articulando a aprovação ilegal de seu funcionário, diz a Procuradoria.

A denúncia entregue à Justiça diz que a quadrilha cobrava até R$ 15 mil para aprovar um candidato de forma fraudulenta.

Santos contesta as acusações e disse, por meio de nota à imprensa divulgada à época das acusações, que é apenas citado num inquérito da Procuradoria em Goiás, mas que não está entre as pessoas denunciadas.

Ele também afirmou que o procurador da República responsável pela investigação, Hélio Telho, já o havia isentado de culpa em 2006, e que "estranhamente, em novos cenários políticos", passou a levantar novas suspeitas.

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Fonte:
Veja/News Cafeicultura/Folha

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