MS terá 5.500 hectares novos para a lavoura de seringueira em 2012

Publicado em 17/02/2012 07:12
Até o final de 2011, Mato Grosso do Sul já somava 12 mil hectares de seringueira, considerando que 4 mil foram plantados no ano passado. São Paulo, na mesma época, plantou praticamente a mesma área, empatando tecnicamente com MS. “Está previsto para MS, cerca de 5.500 hectares novos para a lavoura de seringueira no ano de 2012. Já o Estado de São Paulo deverá manter o mesmo volume plantado do ano de 2011, o que tornará MS o estado que mais planta seringueira no País”, expõe o palestrante do programa Mais Floresta, Getúlio Ferreira Júnior, nesta quinta-feira (16), em Bataguassu.

Produtores e estudiosos de 11 cidades de SP e de dez municípios de MS estão presentes no ciclo de palestras do workshop Mais Floresta - projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS em parceria com Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – Famasul. Na ocasião, são oferecidas informações sobre mercado, logística, manejo e detalhes do plantio florestal.

Afonso Pedro Brioschi, engenheiro agrônomo e consultor, conta que vem de São Paulo para Mato Grosso do Sul com freqüência, para administrar o plantio de seringueira de duas propriedades, localizadas em Bataguassu e Santa Rita do Pardo. “Um sangrador em nossas propriedades ganha em média hoje R$1.200,00, e toda nossa produção é destinada a SP, para uma cidade com 500 km de distância”, explica o agrônomo, que exporta 180 toneladas de borracha seca por ano, de uma das propriedades, e 15 toneladas da outra.

Brioschi afirma que a seringueira é mais vantajosa que outras culturas tradicionais do Estado: “Se calcularmos a rentabilidade, um hectare de seringueira equivale de oito a dez hectares de soja, mas é necessário fôlego para ter sucesso com o produto”. Marco Cerqueira, também palestrante do Mais Floresta, afirma que além de fôlego, é necessário planejamento. “Montar um projeto, verificar equipamentos, procurar profissionais da área agrícola, analisar localização da propriedade, são alguns dos cuidados indispensáveis para se iniciar um plantio de sucesso. Caso contrário, o produtor pode correr o risco de uma aventura frustrada”, afirma Cerqueira.

O Mais Floresta percorrerá mais oito municípios de MS. Chapadão do Sul e Costa Rica serão beneficiadas no mês de março. “A diversificação nas propriedades rurais trazem importância e maior movimentação na economia do Estado, porém a falta de informação impede a evolução, mas pretendemos melhorar esse cenário“, afirma o gestor técnico do Senar/MS, Harduim Reichel.

Mais Floresta - O programa faz parte do Plano para o Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas, que define estratégias para o desenvolvimento florestal em Mato Grosso do Sul e prevê o plantio de 1 milhão de hectamares de florestas até 2030, nas cidades da região nordeste do Estado que possuem alta demanda de matéria-prima para a indústria florestal, como a celulose e o papel.

O Mais Floresta é realizado pelo Senar/MS em parceria com Famasul, e conta com apoio do Painel Florestal, Cautex Florestal, Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, Reflore MS, Sebrae/MS, Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura-SBAG. As próximas cidades a receberem o Mais Floresta são: Chapadão do Sul, Costa Rica, Figueirão, Pedro Gomes, Sonora, Nova Andradina, Aparecida do Taboado e Cassilândia.

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Fonte:
Sato Comunicação

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