Banco Central aumenta a taxa Selic pela 1ª vez desde julho de 2011

Publicado em 17/04/2013 20:23 e atualizado em 18/04/2013 08:16
O Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) pela primeira vez desde julho de 2011. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por elevar a taxa em 0,25 ponto percentual, a 7,50% ao ano, sendo que a última vez que a Selic havia sido elevada pelo banco foi em julho de 2011, quando a taxa ficou em 12,50%.Em nota, o BC afirmou que "o Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela".A maioria dos analistas financeiros esperava pela manutenção dos juros básicos, segundo o boletim Focus, do BC, que ouve o mercado. As previsões de mercado publicadas no boletim Focus mantiveram a previsão para a taxa Selic apesar dos avisos recentes de autoridades econômicas do governo de que poderiam tomar medidas impopulares para conter o avanço da inflação, entre elas o aumento dos juros.Na sexta-feira, o BC e o Ministério da Fazenda afinaram o discurso e pavimentaram o caminho para que o ciclo de aperto monetário comece ao enfatizarem que o governo não vai deixar a inflação sair do controle. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defenderam que a escalada de preços não será tolerada, o que, na avaliação mercado, mostrou uma sintonia para que o Copom eleve a Selic.O mercado aposta que a inflação em 2013 deve ficar em torno de 5,68% - estimativa inferior à da semana passada, quando a previsão foi de 5,7%. A previsão está fora do centro da meta perseguida pelo governo, que é de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância, que vai de 2,5% a 6,5% ao ano.Em 2012, o Copom reduziu a Selic em 3,75 pontos percentuais. Em agosto de 2011, quando a Selic estava em 12,5% ao ano, o Copom deu início ao processo de afrouxamento da política monetária para dar força à economia nacional - impactada pelo desempenho frágil do crescimento mundial. O Copom reduz a Selic para estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a taxa é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.A Selic é usada como referência para as taxas cobradas pelos bancos de seus clientes e desde o ano passado o indicador serve também para medir o rendimento da caderneta de poupança. Quando a Selic atinge o patamar de 8,5% ao ano ou menos, o investimento mais usado pelos brasileiros rende o equivalente a 70% da taxa básica de juros, acrescida da Taxa Referencial (TR).

Com alta da Selic, rendimento da 

poupança vai a 5,25% ao ano

Com a alta da Selic a 7,50% ao ano anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o rendimento das cadernetas de poupança subiu para 5,25% ao ano. As mudanças nas regras da remuneração da poupança começaram a valer para os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Esses depósitos são corrigidos com base em 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Neste caso, com a Selic a 7,50%, a remuneração ao ano é de 5,25% ao ano, mais a TR.Até maio do ano passado, a poupança rendia 0,5% ao mês, o que dava 6,17% ao ano (+ TR). Os depósitos feitos antes de 4 de maio seguem com o rendimento antigo.A regra de rendimento da poupança será válida sempre que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano. As demais regras para esse tipo de investimento estão mantidas, como a isenção do Imposto de Renda e o direcionamento dos recursos captados pelos bancos com as cadernetas para o crédito habitacional e agrícola.Na prática, cada poupador que tem montante depositado antes e depois de 4 de maio ficou com duas cadernetas. No momento de fazer um resgate da poupança, o dinheiro sairá prioritariamente da mais nova, de acordo com o ministério da Fazenda. No entanto, se o valor a ser sacado exceder o montante, o que faltar será tirado da conta antiga (que atualmente rende mais que a regra atual). Por exemplo, o correntista que quiser sacar R$ 300, mas só juntou R$ 200 na nova poupança, terá retirado os R$ 200 da nova conta e R$ 100 da antiga. Toda essa operacionalização será providenciada pelos bancos onde o poupador guarda o dinheiro.O Banco Central anunciou nesta quarta-feira o aumento do índice para 7,50% ao ano. Este foi o primeiro aumento desde agosto de 2011, quando o BC começou a cortar a taxa básica de juros.
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Fonte:
terra.com.br

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