Importadores asiáticos acreditam que colheita nos EUA pode pressionar grãos no mercado internacional
Devido à proximidade da colheita da nova safra norte-americana, os importadores chineses se afastaram do mercado internacional em meio à expectativa de queda nos preços. A concentração de oferta tende a pressionar, sazonalmente, as cotações futuras na Bolsa de Chicago. Situação que também deve refletir negativamente nos preços no mercado asiático.
Segundo projeções do último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o país deverá colher cerca de 88,59 milhões de toneladas de soja e 349,6 milhões de toneladas de milho. Entretanto, de acordo com o levantamento realizado pelo Crop Tour Pro Farmer, os números são de 85,95 milhões de toneladas e 341,9 milhões de toneladas, respectivamente.
As estimativas foram revisadas para baixo, em função das condições climáticas desfavoráveis no país. Nesta safra, as lavouras dos EUA foram semeadas com mais de 30 dias de atraso. E, atualmente com o clima quente e seco no Corn Belt, as plantações de soja e milho apresentam mais de 45 dias de atraso no desenvolvimento. O mês de agosto foi o mais seco desde o ano de 1936.
De acordo com o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, com as inseguranças em relação à produção e aos preços, as origens norte-americanas pararam de vender. “A Argentina e o Brasil também reduziram as vendas e a demanda tenta antecipar possíveis problemas na oferta, por isso, o mercado internacional de grãos subiu forte nas últimas sessões”, explica.
Em contrapartida, as traders chinesas ainda acreditam que a produção norte-americana deve ser maior do que o estimado inicialmente. Na visão dos compradores, a produção deve crescer este ano em relação à safra do ano passado, mesmo que também venha sofrendo com a falta de chuvas.
E diante desse cenário, a expectativa de traders asiáticos é de que os preços futuros da soja fiquem abaixo dos US$ 13/bushel ainda este mês. Já a projeção para as cotações futuras do milho e do trigo é de queda entre 15 e 20 centavos de dólar por bushel.
Além disso, a oferta de trigo mais barato da região do Mar Negro também deve seguir pressionando as cotações do trigo norte-americano na Ásia, conforme destacam os operadores. O milho dos EUA também está mais caro no mercado asiático do que os grãos da Ucrânia e do Brasil.
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