Em São João do Carú, exército dá ordem de desocupação para 1.200 famílias

Publicado em 29/12/2013 12:58 e atualizado em 04/03/2020 17:57
materia publicada no jornal de Sta. Ines, sul do Maranhao

Em São João do Carú (MA), o exército está avisando 1.200 famílias para saírem das suas casas porque a Funai está ampliando uma reserva indígena, cuja área equivale a 4 municípios da região.  A Comissão de Agricultura do estado já se reuniu quatro vezes com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com a Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi prometido a abertura de uma mesa para a negociação desse conflito, mas até o momento nada ocorreu. Ao mesmo tempo, os agricultores estão sendo surpreendidos pela segunda vez com essa operação de desintrusão do exército.

- “A ordem é de desintrusão, para nos expulsar e praticamente jogar na beira da rodovia, sendo que o ofício está previsto do dia 6 de janeiro, aproveitando-se do final do ano, quando a justiça estará em recesso”, afirma o Presidente da Comissão de Agricultura do Maranhão (MA), Arnaldo Lacerda. 

Ao todo 6 mil pessoas serão expulsas das suas casas para dar lugar a 33 índios trazidos de Roraima (RR). Na região já existem três áreas indígenas que somam quase 1 milhão de hectares e agora a Funai quer mais 300 mil hectares para colocar 33 índios da etnia Awá-Guajá trazidos de Roraima (RR). 

Por outro lado, os produtores possuem um documento da própria Funai, expedido no dia 2 de janeiro de 1990, o qual atesta que não foi constatado a presença física de índios ou de aldeamento indígena nessa área. Contudo, na Serra da Desordem, localizada na região, foi descoberto bauxita, urânio, caulim, gás natural e petróleo.

O produtor rural, João Augusto da Silva, afirma que os agricultores da região vivem um momento de terror: “Não temos mais perspectiva de vida porque a única coisa que nós temos são as terras e estamos correndo o risco de perdê-las sem indenização”.

De acordo com Silva, a Funai e a BPA não deixam os produtores plantarem, colocam fogo nos barracos e apreendem ferramentas. Com isso, os agricultores já não sabem mais o que fazer ou para quem apelar e só veem a perspectiva de ir para a beira das rodovias, assim como já aconteceu com produtores de outras regiões do Brasil.

REUNIÃO  EM S. JOAO DO CARU (DIA 20/12/2013) SOBRE O CASO AWÁ-GUAJÁ

 

Na reunião com representantes das 1.200 famílias que estão prestes a perderem suas terras (assentadas pelo Incra) e serem jogadas as margens das rodovias, numa imensa área de 118 Mil Hectares que atinge 5 municípios, onde a FUNAI pretende assentar 33 Índios, os lideres do movimento de resistencia denuncaim que por tras da desintrusao estao os interesses de grandes mineradoras. 

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-- "Será que são mesmo para esses 33 índios este enorme pedaço de terra, ou para as mineradoras que constaram minérios em pesquisas feitas no ano de 1985 ? OURO! OURO! OURO! Para onde iremos ? CUMPRA A SUA SENTENÇA POR COMPLETO, DR. JOSER CARLOS DO VALE MADEIRA! NOS INDENIZE! NOS REASSENTE! NÃO SOMOS CACHORROS! Alias, até cachorro atualmente está tendo mais direito que nós!" - Citou Arnaldo Lacerda, um propritário da área em litígio que sonha em formar o filho em Advocacia...

 

 
 
Conflito na região de São Joao do Caru


Fonte: Bom Jardim MA

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Jornal Agora / Sta. Ines (MA)

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1 comentário

  • Edison tarcisio holz Terra Roxa - PR

    que é isso sr ministro da injustiça sr gilberto carvalho dona dilma isso é democracia ou comunismo?

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