Margarita Louis Dreyfus visita Sertãozinho e demite 728 trabalhadores
A empresária Margarita Louis Dreyfus, russa e herdeira de uma das maiores empresas de commodities do mundo, esteve ontem em Sertãozinho e decidiu encerrar as atividades industriais da usina Jardest, localizada em Jardinópolis. De uma penada só extinguiu 1.300 postos de trabalho.

Já a BioSev, braço sucroenergético do grupo LDC, e segundo maior produtor de cana, açúcar e etanol do país – só atrás da Raízen, sociedade da Cosan com a Shell, continua sendo apontado como grupo ineficiente e que só tem acumulado prejuízos.
Certamente seus gestores estão dentro da cota dos 30% que o prof. Marcos Fava Neves, da FEA-RP/USP, aponta como responsáveis pela crise instalada na cadeia produtiva sucroenergética. Os outros 70% estão no colo – ou ventre? – da presidente Dilma Rousseff, que segundo fonte da Casa Civil “não conversa com ninguém e toma decisões à base da veneta”.
O impacto do fechamento da Jardest traz consequências muito ruins para a pequena Jardinópolis e também aos municípios do seu entorno. Não haverá sobra de cana, pois ela será destinada à unidades da BioSev. Mas a extinção de postos de trabalho ampliará a grave crise social provocada pelos problemas que envolvem o setor da cana.
Em Pontal, trabalhadores da Usina Carolo, que ingressou com pedido de recuperação judicial, aguardam com ansiedade a liberação de parte dos pagamentos em atraso. Na última sexta-feira, eles ensaiaram uma greve e deram prazo até hoje para que os pagamentos fossem feitos.
Parte dos salários de dezembro e do 13º salário destes trabalhadores entram como débitos na recuperação judicial, o que, convenhamos, é uma brutalidade contra chefes de família que trabalharam e não receberam seus direitos.
Para quem pensa que já viu tudo em nossa economia, vale a pena ler com cuidado a nota abaixo, transcrita da coluna “Direto da Fonte” da jornalista Sonia Racy e publicada no O Estado de S.Paulo de ontem (20):
“Exemplo prático do que o empresariado chama de Custo Brasil – reclamação de quase três décadas. Para serem vendidos em Manaus, onde são fabricados, os produtos da Gillette são forçados a dar um “passeio” pelo País.
Por razões fiscais, eles vêm até São Paulo, onde são registrados – por meio de emissão de notas –, e, depois, voltam à capital do Amazonas.
O “passeio” é por rodovias? Não, não. A empresa constatou que os assaltos são frequentes e as estradas, ruins. Os produtos saem mesmo é de barco de Manaus, trocam de embarcação em Belém e navegam até Santos. Dali sobem a serra até São Paulo. Na volta, repetem o percurso.
Agora, adivinhe quem paga esse gasto extra?” (Ronaldo Knack é jornalista e graduado em Administração de Empresas e Direito. É também fundador e presidente do BrasilAgro; [email protected])
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