Seleção chega à concentração em Teresópolis e enfrenta nova manifestação

Publicado em 26/05/2014 15:07 e atualizado em 26/05/2014 15:56

Depois de enfrentarem manifestação de professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro em frente ao Hotel Linx, onde se reuniram pela primeira vez, os jogadores da seleção brasileira chegaram também sob protestos na Granja Comary. O local será a concentração da equipe brasileira para a Copa do Mundo. A seleção brasileira chegou a Teresópolis por volta das 12h.

Eduardo Knapp/Folhapress

Manifestantes protestam na passagem do ônibus com jogadores da seleção para a Granja Comary

Manifestantes protestam na passagem do ônibus com jogadores da seleção para a Granja Comary

No local havia aproximadamente 200 pessoas entre manifestantes do Sindicato Estadual dos Professores do Rio e militantes do PSTU e do PSDB e torcedores, segundo a polícia. Eles entoam cânticos e exibem faixas contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Brasil vamos acordar, professor ganha menos do que o Neymar", era um dos cânticos.

No Rio de Janeiro, os professores exibiram também faixas e gritos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar", é um dos cânticos dos manifestantes.

Eles também exibiram faixas em inglês: "Tem dinheiro para a Copa, mas não tem dinheiro para educação".

Os manifestantes -aproximadamente 200 vaiaram os jogadores e colaram vários adesivos no ônibus contra a Copa e cobrando reajuste salarial na saída da delegação com destino à Granja Comary.

O ônibus da seleção deixou o local sob proteção de quatro carros da Polícia Federal.

Professores estaduais e municipais do Rio estão em greve desde o último dia 12. Eles reivindicam aumento de 20% no salário, redução da carga horária dos servidores administrativos para 30 horas semanais (atualmente são 40 horas por semana), plano de carreira unificado para a categoria e eleição direta para diretor de escolas.

Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), dos 75 mil professores do Estado, 30% aderiram à greve, e dos 42 mil do município, 55% cruzaram os braços.

 

No Estadão: Seleção brasileira chega a Teresópolis e também vê protestos

Almir Leite - O Estado de S. Paulo

TERESÓPOLIS - Depois de deixar o Rio sob protestos de cerca de 100 profissionais da educação, a seleção brasileira chegou a Teresópolis (RJ), onde fica concentrado visando a Copa do Mundo, no final da manhã desta segunda-feira, em meio ao mesmo clima de manifestações por parte de um grupo insatisfeito com os gastos públicos feitos pelo governo para realização o Mundial.

Grupo fez críticas aos gastos públicos feitos pelo governo  - Wilton Junior/Estadão

Wilton Junior/Estadão

Grupo fez críticas aos gastos públicos feitos pelo governo

A manifestação se formou na rua Flavio Bortoluzzi de Souza, no caminho que ônibus com jogadores do time nacional passou em sua ida até a Granja Comary, e contou com a participação de 100 pessoas, entre professores, advogados e estudantes, além de membros da sociedade civil e de partidos políticos de esquerda.

De uma forma geral, eles estão inconformados com os altos gastos implementados pelo governo para o Mundial, enquanto o Brasil sofre com educação e hospitais de qualidade ruim. Um dos líderes da manifestação, Gerardo Santiago, de 54 anos, destacou que acha um disparate o governo gastar cerca de R$ 30 bilhões com a Copa e ao mesmo tempo defender que últimos quatro anos foram investidos aproximadamente R$ 650 bilhões em saúde e educação no País.

"O governo está vendendo essa história de que investe muito mais em educação, mas não dá para comparar porque saúde e educação são permanentes e a Copa é um evento que dura um mês", afirmou Santiago, destacando também que uma das coisas que mais o deixa inconformado é o fato de que o Brasil virou um "território Fifa", se referindo ao fato de que o governo está fazendo tudo o que a entidade quer para a realização da Copa, em uma espécie de "estado de exceção a favor" do organismo.

Santiago afirmou que resolveu aderir de vez ao movimento contra a realização da Copa após Joseph Blatter, presidente da Fifa, ter dito em uma entrevista que "se o brasileiro quisesse melhorar de vida, que fosse trabalhar".

Também presente na manifestação desta segunda-feira, o estudante Samaroni Romanovisky R. B. Gomes, de 19 anos, vai prestar vestibular para o curso de História e foi outro que exibiu grande insatisfação com os gastos do governo com a Copa. "Se o governo pegasse R$ 30 bilhões que está investindo na Copa e investisse R$ 1 bilhão em cada hospital, mas para investimento em melhorias nos hospitais, não em custeio, nós não teríamos povo na fila, gente em maca, gente caída no chão de hospitais", apontou.

Mas, se por um lado a seleção brasileira voltou a conviver com protestos de torcedores nesta segunda-feira, por outro na entrada de Teresópolis foram vistos vários cartazes de boas-vindas ao time nacional à cidade, assim como várias bandeiras do Brasil e pessoas vestindo camisas amarelas. 

 

NA VEJA: 

Seleção chega a Teresópolis. E sob mais protestos

Manifestantes diziam estar insatisfeitos com gastos públicos na Copa

 

Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram

Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram - Ana Carolina Fernandez/Reuters

Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram Em meio a protesto, o ônibus da seleção deixa o hotel onde os jogadores se apresentaram Fred, atacante da seleção brasileira de futebol Dia de apresentação: o goleiro Jefferson, o primeiro a chegar

Dia de apresentação: o atacante Fred Júlio César, goleiro da seleção brasileira de futebol Dia de apresentação: o zagueiro Dante Dia de apresentação: o goleiro Júlio César Dia de apresentação: Fred posa para foto com torcedor no Rio No Rio de Janeiro, protesto de professores na chegada da seleção brasileira

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Depois de deixar o Rio sob protestos de cerca de 100 profissionais da educação, a seleção brasileira chegou a Teresópolis (RJ), onde fica concentrada até o início da Copa do Mundo, no final da manhã desta segunda-feira, com o mesmo clima de manifestações durante a apresentação no aeroporto Tom Jobim- desta vez um grupo protestava contra os gastos públicos para a realização do Mundial. A manifestação ocorreu na rua Flavio Bortoluzzi de Souza, no caminho até a Granja Comary, e contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre professores, advogados e estudantes, além de membros da sociedade civil e de partidos políticos.

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Eles disseram estar inconformados com os altos gastos do governo para o Mundial, enquanto o Brasil sofre com educação e hospitais de qualidade ruim. Um dos líderes da manifestação, Gerardo Santiago, de 54 anos, disse que acha um disparate o governo gastar cerca de 30 bilhões de reais com a Copa e, ao mesmo tempo, defender investimentos de aproximadamente 650 bilhões de reais em saúde e educação nos últimos quatro anos.

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Fonte:
Folha de S. Paulo/Veja/Estadão

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