Greve do metrô em SP afeta 3 linhas; piquete termina em confronto
(Atualizado às 10h00)
Em seu segundo dia, a greve dos metroviários de São Paulo paralisa parte das linhas do metrô na manhã desta sexta-feira. O trecho entre Bresser-Mooca e Marechal Deodoro da linha 3-Vermelha está aberto. Já a linha 1-Azul funciona entre Ana Rosa e Luz, e a 2-Verde, entre Ana Rosa e Vila Madalena. A linha 5-Lilás começou a funcionar às 5h30 e a linha 4-Amarela, operada pela iniciativa privada, funciona normalmente. No começo do dia, os grevistas decidiram realizar piquetes em estações como Jabaquara e Ana Rosa para impedir a saída de trens. Em Ana Rosa, a manifestação terminou em confronto com a Polícia Militar, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borracha para dispersar os grevistas. A greve apresenta seus reflexos também no trânsito da cidade: às 10 horas eram registrados 239 quilômetros de lentidão - o pior do ano, segundo registros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O rodízio de veículos está suspenso.
Na estação Ana Rosa, a Força Tática da PM furou um piquete montado pelos metroviários para possibilitar a abertura do local. Segundo o sindicato dos metroviários, um grevista foi atingido por balas de borracha e teve ferimentos leves na perna. Cerca de oitenta grevistas estavam no local tentando impedir a entrada de funcionários que não aderiram à greve. Além da Ana Rosa, foram formados piquetes nas estações Brás e Bresser da linha 3-Vermelha, na Zona Leste.
No começo da manhã, pelo Twitter oficial do metrô, a companhia que administra o sistema informou que havia "impedimento da entrada de funcionários nos postos de trabalho por grevistas". O resultado foi a paralisação quase completa da rede nas primeiras horas do dia. Os metroviários vão fazer um ato de protesto, às 16 horas, na Estação Tatuapé, com possibilidade de fechar a Radial Leste. "Há risco de a greve continuar (até a Copa), se o governador não negociar", afirma Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato.
Os ônibus da capital circulam normalmente, assim como os trens da CPTM. Na estação Corinthians-Itaquera, as portas que dão acesso aos trens foram fechadas para evitar superlotação. Na quinta-feira, o bloqueio da estação irritou usuários e resultou em quebra-quebra.
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Em reunião na sede do sindicato nesta sexta-feira, os metroviários rejeitaram a proposta de reajuste de 8,7% feita pelo governo paulista e decidiu manter a paralisação. O governo de São Paulo acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por considerar a greve abusiva. O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para sábado o julgamento da liminar que obriga os funcionários a manter 100% da frota funcionando em horário de pico, e 70% no restante do dia. Mais cedo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) criticou os grevistas: "Não tem o menor sentido uma greve que prejudica a população, [feita por] um pequeno grupo muito político [que visa] levar a consequências [como] paralisação, caos, bagunça, sem a menor razão de ser".

Movimentação intensa de usuários do metrô em ponto de ônibus da estação Ana Rosa do Metrô durante a paralisação dos metroviários em São Paulo, SP, nesta sexta-feira (6) - Marcos Bezerra/Futura Press
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