Análises para este domingo de eleição (Folha, Estadão, O Globo)

Publicado em 05/10/2014 08:39 e atualizado em 05/10/2014 09:10

NA FOLHA: Suadouro no 2º turno, por Eliane Cantanhêde 

Dilma nem esperou as últimas pesquisas ou a abertura das urnas e antecipou o segundo turno. Ao dedicar o sábado a Minas, ela já acreditava, ou sabia, que seu adversário seria Aécio Neves. Está restabelecida a polarização PT-PSDB?

Acredite quem quiser que Marina Silva seria a adversária mais forte contra Dilma. Não seria. Marina foi perdendo fôlego, enquanto Aécio amargou 20 pontos atrás da adversária inesperada, mas manteve o fôlego e a tropa unida e foi em frente. No segundo turno, Dilma encontraria uma Marina desmilinguindo e vai enfrentar um Aécio com todo o gás.

E há as condições objetivas. Assim como Dilma tem mais máquina, recursos e capilaridade, é Aécio quem tem máquina, recursos e capilaridade na oposição, ou no antipetismo. Nas três comparações, o PT leva vantagem e venceu o PSDB nas três últimas eleições presidenciais. Mas há novos fatores, como a rejeição ao PT e os erros do governo Dilma.

Aécio também terá a seu favor os governadores reeleitos em primeiro turno, caso dos tucanos Geraldo Alckmin (SP) e possivelmente Beto Richa (PR) e do democrata Paulo Souto (BA). Além deles, terá senadores e deputados eleitos pelo país. Marina não teria uma base tão sólida, nem eleitores tão firmes.

Os tucanos sonham com a foto de Marina e Aécio, de mãos levantadas, selando a união das oposições. Difícil. Mas, pelas pesquisas, Aécio tem condições de atrair em torno de 60% dos eleitores de Marina e também dos simpatizantes do PMDB, que apoia oficialmente Dilma.

O resto é com ele, que nasceu em berço político, presidiu a Câmara, saiu de dois governos em Minas com mais de 90% de aprovação e pode sair do primeiro turno como fenômeno de última hora, com alto astral.
Afora o desarranjo artificial com a morte de Eduardo Campos, Dilma sempre foi a favorita. Mas Aécio vai dar um suadouro no PT. Não será surpresa, aliás, se ele tiver mais voto hoje do que previam as pesquisas.

NO ESTADÃO: Diferença, inércia e aceleração dão mais chances a Aécio no Ibope da véspera da eleição (por JOSE ROBERTO DE TOLEDO)

Apesar do empate técnico não permitir dizer com certeza qual dos dois candidatos passará ao segundo turno junto com Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) leva vantagem sobre Marina Silva (PSB). Por pelo menos três razões.

1) Inércia: os movimentos da reta final de campanha são os mais importantes, porque acomodam os eleitores indecisos ou que estão mudando de voto. Toda a movimentação dos últimos dias foi favorável a Aécio e desfavorável a Marina. Ele está em ascensão, e ela, em uma curva de queda continuada há um mês.

2) Aceleração: Aécio cresceu cinco pontos em apenas dois dias, de 22% para 27% dos votos válidos, enquanto Marina caiu quatro pontos, de 28% para 24%, no mesmo período. Esse movimento mais rápido na última hora é um bom sinal para o tucano. É similar ao que aconteceu com Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB) na reta final do primeiro turno da eleição paulistana de 2012 e deu Haddad.

3) Vantagem probabilística: a diferença de três pontos, embora configure empate técnico (Aécio poderia ter no mínimo 25%, e Marina, no máximo 26%), confere favoritismo ao tucano. Considerada a margem de erro, há mais combinações de resultado que o favorecem do que a ela. Das 25 possíveis, 22 o deixariam em segundo lugar, duas os deixariam empatados e só uma (26% a 25% para ela) levaria Marina ao segundo turno.

Mesmo assim, embora bem menor, ainda há uma possibilidade de Marina ir para o segundo turno. O que não há é chance de não haver segundo turno.

Leve favoritismo, por João Bosco Rabello 

A votação deste domingo fecha a primeira etapa da eleição com uma renhida disputa pela ida ao segundo turno entre Aécio Neves e Marina Silva, em que o primeiro chega com mais chances de vitória, embora apertada.

A curva descendente de Marina e o seu desempenho nas últimas semanas, especialmente no debate final na TV Globo, autorizam a avaliação de que mais tempo houvesse de campanha e sua candidatura estaria em terceiro lugar nas pesquisas antes do dia da votação.

O debate, embora tarde da noite, teve alcance inédito em campanhas eleitorais e sua influência pode ser decisiva no avanço de Aécio Neves, cujo desempenho foi consenso nos levantamentos feitos logo após o programa, mesmo os do PT.

Segundo dados divulgados, a audiência do debate foi de 48% na Grande São Paulo, de 34% em Brasília e 30% no Rio de Janeiro, índices suficientes para influir em disputa tão apertada. A média de desempenho a favor do candidato do PSDB foi de 52%.

No cômputo geral, se a partir do debate Marina perder 1% ponto porcentual em cada 10% de seus eleitores, estará fora do segundo turno, o que não é improvável pela desidratação severa de sua candidatura, quase na mesma velocidade do crescimento experimentado após a morte de Eduardo Campos.

Independentemente das previsões - a pesquisa CNT divulgada ao meio-dia de sábado já dava Aécio três pontos à frente de Marina -, a confirmação da oposição na disputa leva a reflexões sobre o segundo turno, em que Marina também terá mais dificuldades que Aécio, caso chegue lá.

Sua desconstrução por Dilma responde pela queda de seus índices, mais do que a oposição que lhe moveu Aécio. É bastante provável que a hemorragia prossiga se passar à segunda etapa, ao contrário do senador mineiro que está em crescimento e que dispõe de uma estrutura partidária capaz de sustentar o eleitorado antipetista que começa a decidir quem os representará.

Dilma vai ao segundo turno tendo contra si o desgaste político do PT, que perdeu a confiança de boa parte de seu eleitorado, conforme registrou o ex-petista Eduardo Jorge, hoje candidato do PV, e péssimos resultados de governo, que a faz perder em todos os segmentos de média e alta renda e escolaridade, nas quais sua intenção de voto chega a, no máximo, 28%.

Em contrapartida, herda do ex-presidente Lula a manipulação exitosa do eleitorado de baixa renda e escolaridade, que lidera com índices altos, nunca abaixo de 50%. Será esse o confronto do segundo turno, caso Aécio seja o candidato da oposição. Se for Marina, as chances são bem menores.

VINICIUS TORRES FREIRE

Os pobres, sempre convosco

Dilma perdeu 15% dos votos de 2010, em especial na cidade grande, mas manteve o voto pobre

O DESGASTE de quatro anos no poder, da economia lerda, dos protestos de junho de 2013, de petistas graúdos na cadeia e outros escândalos enfim não fizeram um estrago terminal na votação de Dilma Rousseff. Pelo menos é o que parece quando se compara a votação da candidata-presidente petista na penúltima pesquisa Datafolha de 2010 com a de 2014. Apesar de todos esses pesares, o estrago não foi mesmo tão grande.

É verdade que no fim da semana que antecedeu a votação de 2010, Dilma tinha mais da metade dos votos válidos, um pouco menos (50%), considerada a margem de erro de dois pontos percentuais. Poderia levar no primeiro turno. Dez dias antes da votação do primeiro turno, a candidata estreante tinha mesmo folga para vencer no primeiro turno. O escândalo envolvendo sua assessora Erenice Guerra levou a votação para a segunda rodada.

Na votação bruta, Dilma tinha 47%; neste ano, 40%. Uma baixa de uns 15%. Seus adversários diretos em 2010, José Serra e Marina Silva, somavam 42% dos votos; neste ano, Marina e Aécio Neves somam 45%. A disputa é mais dura.

Como mais ou menos se sabe, o prestígio eleitoral de Dilma sofreu baixas maiores nas regiões metropolitanas, no Sudeste, entre os mais ricos, e os mais jovens. Nesses recortes do eleitorado, a candidata-presidente perdeu mais votos que na média do país.

No Sudeste, a sangria de votos foi de mais de 25% de 2010 para 2014, mais ou menos a mesma proporção registrada nas regiões metropolitanas e entre os eleitores com menos de 24 anos. No Nordeste, a queda não chegou a 7%, mesmo com o fenômeno Marina Silva-Eduardo Campos em Pernambuco.

Sim, Dilma perdeu 20% da votação que tivera entre os eleitores mais "ricos", de famílias com renda superior a dez salários mínimos. Mas esse eleitorado é muito minoritário (uns 5% ou 6% da amostra mais recente do Datafolha).

A devastação mais significativa ocorreu em cidades como São Paulo e Rio, dentro daquilo que se pode analisar, dados os recortes feitos pelo Datafolha.

Dilma perdeu 35% da votação que tivera em 2010 no Estado de São Paulo. Perdeu brutais 42% dos votos na cidade de São Paulo. No Estado do Rio, sua votação no Datafolha baixou 23%; na cidade, 39%. Curiosamente, ganhou votos entre os gaúchos e porto-alegrenses.

Perdeu pouco entre os mais pobres, aqueles eleitores de famílias com renda inferior a dois salários mínimos (tinha 52% em 2010, tem 50% agora). Queda de apenas 4%, embora tenha diminuído um tanto a proporção desse eleitorado.

A mudança no perfil do eleitorado de Dilma, em termos gerais e pensando apenas nesses grandes agregados, não parece muito diferente daquela que ocorreu com os eleitorados de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva: empobrecimento, interiorização.

A queda violenta do prestígio presidencial em grandes cidades e entre jovens provoca a tentação de associar a perda de votos às mudanças de humores provocadas pelos protestos de junho de 2013. Pode ser, mas é preciso fuçar melhor esses e outros dados, além de esperar o resultado de hoje, antes de avançar o sinal. De mais certo, o PT manteve o povo pobre consigo.

 

No JORNAL O GLOBO:

Se não disputar o segundo turno, Marina apoiará Aécio contra Dilma

por Ricardo Noblat:

Marina Silva (PSB) já decidiu: caso não dispute o segundo turno da eleição presidencial contra Dilma Rousseff (PT), apoiará Aécio Neves (PSDB). O anúncio do apoio deverá ser feito nesta segunda-feira. No mais tardar na terça-feira.    Não será um "apoio automático", segundo me garantiu um auxiliar de Marina. O apoio será dado com base no programa de governo de Aécio.

Por mais que tenha dito que Aécio e Dilma não apresentaram programas de governo, Marina admite que informalmente Aécio tem um, sim. E que o programa de Aécio é o mais parecido com o seu programa. Marina e Aécio defenderam as chamadas "conquistas sociais" dos governos do PT. Assim como a política econômica do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, herdada e respeitada por Lula.

De resto, pareceria arrogância demais Marina preferir a neutralidade, como o fez em 2010 quando negou seu apoio a Dilma e a José Serra (PSDB). A neutralidade removeria Marina do primeiro plano da política nacional.

Marina guarda mágoas de Aécio, que se aliou a Dilma para combatê-la. Ainda assim....O apoio de Marina a Aécio tocará fogo dentro do PSB. Ali, a ala comandada por Roberto Amaral, o presidente em exercício do partido, pretende apoiar a reeleição de Dilma.

Marina Silva (Foto: Fernando Donasci / Agência O Globo)Marina Silva (Imagem: Fernando Donasci / Agência O Globo)

na folha, por ELIO GASPARI:

De PauloFrancis@edu para Dilma@PT

A sra. pode fazer as contas para ver como o 'amigo Paulinho' juntou US$ 24 milhões, e não foi só ele

Senhora,

Não tenho mais interesse na política brasileira. Só leio sobre a China. Perdi a curiosidade pelo seu governo quando a senhora, estando em Nova York, foi ao Metropolitan Museum perder tempo numa exposiçãozinha do pintor holandês Frans Hals. Podendo ficar só com o "Juízo Final" de Van Eyck, ou o "Juan de Pareja" de Velázquez, ocupou-se com um retratista de bêbados de bochechas vermelhas. O Hals é um daqueles pintores que a gente vê uma tela e viu todas. Como diz o Nelson Rodrigues, bonitinhos mas ordinários.

Escrevo-lhe para lembrar que as roubalheiras da Petrobras tomarão conta da agenda nacional. A senhora terá alguns meses ou quatro anos para cuidar dessa ferida. Durante o tucanato, quando eu disse que todos os diretores da Petrobras tinham conta na Suíça, tomei um processo que azucrinou meus últimos dias de vida por aí. Dizer que eram todos foi um exagero. O tucanato nunca quis saber como diretores da Petrobras compravam casas nos melhores condomínios do Rio. Sabemo-lo. Numa contratação milionária, o cunhado de um magano visitou o empreiteiro 24 horas depois do fechamento do negócio. À época, coisa de US$ 1 milhão.

Conta na Suíça, como a senhora vê, o "amigo Paulinho" tem, com um saldo de US$ 23 milhões. Aprendi alguma coisa aqui onde estou. Não posso dar nomes nem cifras, mas façamos a conta. De onde saiu esse dinheiro? A primeira trilha, óbvia, é a das grandes empreiteiras, mas elas estão em todas. Ofereço-lhe dois caminhos para exercitar sua curiosidade. Primeiro, negócios com ativos como campos de petróleo em Angola. Nesse mercado, uma comissão decente pode ficar em 5%, chegando a 10%. Não preciso dizer-lhe, dona Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, é a mulher mais rica d'África. Sempre que a senhora ouvir a palavra "Angola", pense em chamar a polícia. No segundo caminho ficam as compras de equipamentos. Tomemos o exemplo dos navios de produção de petróleo, os FPSO. Existem centenas. A Petrobras tem 40 e está construindo mais seis. Cada um vale US$ 1,3 bilhão. Numa tabela inspirada em madre Teresa de Calcutá, cada um pode render 1% de comissão. Se deixar, vai a 3%. Com dois navios, a 1%, qualquer "Paulinho" amealharia US$ 26 milhões. Não se faz um negócio desses apenas com um amigo. Digamos que alguém borrifou 0,5% do contrato para baixo e outros 0,5% para cima. Será?

A senhora ou quem chegar ao segundo turno precisa prestar atenção ao que o presidente Xi Jinping faz na China. Ele sabe que não vai acabar com a roubalheira, mas sinalizou de forma drástica que sua mão pesada pode cair seletivamente em cima dos larápios. Primeiro ferrou o Bo Xilai, uma mistura de Paulo Maluf e Lula que se alinhava para mandar no país. Botou-o na cadeia. O Xi sabia que Bo era protegido pelo czar da segurança pública. (Lembre-se que esse mandarim vinha do setor petrolífero.) Ferrou-o. A senhora dirá que os órgãos competentes do seu Estado ferraram o "amigo Paulinho" e que aqui há uma democracia. A diferença persiste. Sua faxina não limpou sequer o quarto da empregada. A senhora condena os tais malfeitos, mas cala sobre os malfeitores. Está aí a ata da reunião do Conselho da Petrobras mostrando que seu ministro da Fazenda louvou os "relevantes serviços prestados à companhia" por Paulinho.

Daqui de onde estou, a gente vê com serenidade as coisas aí debaixo. Outro dia a Lota Macedo Soares, a maluca beleza que criou o Aterro do Flamengo, lembrou-me que avisou ao Eike Batista para o risco que corria exibindo-se como o homem mais rico do Brasil. Lota advertiu-o para a urucubaca: os homens mais ricos da China e da Rússia acabaram na cadeia. Ele não lhe deu atenção, quebrou, e agora seus advogados temem que o Ministério Público queira colocá-lo na cadeia. Eu acho que algum procurador fará fama encarcerando-o numa sexta-feira, sabendo que um habeas corpus poderá soltá-lo na segunda. Onde estavam os negócios de Eike? Na Petrobras.

Atenciosamente,

Paulo Francis

LEI DE HEITOR FERREIRA

Dentro de algumas horas serão conhecidos os resultados da eleição, começando a temporada de interpretações.

Para esse jogo, continua em vigor a lei de Heitor Ferreira, enunciada diante dos surpreendentes resultados de 1974, quando o MDB derrotou a ditadura. Ele era o secretário particular do presidente da República e explicou:

"Foi realizada uma eleição e cada cidadão teve um voto. Eles foram contados e o número de votos dados aos candidatos do MDB foi superior àquele dado aos candidatos do governo."

PAROLAGEM

A doutora Dilma disse no debate da TV Globo que é praxe no serviço público dar aos funcionários "o direito" de pedir demissão. Esse teria sido o caso do afastamento do "amigo Paulinho" da diretoria da Petrobras.

Se Paulinho tivesse o costume de chegar atrasado e descalço ao serviço, nada mais natural.

O problema é que ele roubava, como confessou ao Ministério Público. O governo da doutora deu-lhe um direito que não tinha, comprou uma encrenca e não quer assumir a responsabilidade pelo ato que praticou.

A CULPA DO PORTEIRO

O presidente da empresa de Correios, comissário Wagner Pinheiro, diz que o carteiro filmado distribuindo propaganda do PT não cometeu ilegalidade alguma.

Já os materiais de propaganda de outros partidos que não chegaram aos destinos, informa o doutor Wagner, perderam-se por culpa dos porteiros.

Deve ser. Afinal de contas, o escândalo do mensalão começou na ECT, mas até hoje não se descobriu a identidade do porteiro.

MARCO, SÁBIO

O ex-vice presidente Marco Maciel é conhecido pela sua economia de palavras e pela valorização que dá ao óbvio: "As consequências sempre vêm depois", costuma ensinar. Com o sufoco de Marina em queda e Aécio em alta, vale recordar uma conversa que ele teve com um marqueteiro às vésperas de uma eleição:

O marqueteiro: "A linha do nosso candidato está em ascensão, e a do nosso adversário, em queda".

Marco: "O senhor acha que a intersecção das duas linhas ocorrerá antes ou depois do dia da eleição?"

A CANA ESTÁ DURA

Está no texto do documento com que o ministro Teori Zavascki homologou o acordo de colaboração do "amigo Paulinho" com a Viúva: "Encontram-se atualmente em curso, segundo a petição, mais de 40 procedimentos investigatórios, no âmbito dos quais foram expedidos mandados de busca e apreensão, de condução coercitiva e de prisão".

Tomara que disso resultem mais pulseiras eletrônicas em tornozelos "amigos".

OUTRA PONTA

Já colaboram com a Viúva o comissário Paulinho, o operador financeiro Youssef e um de seus laranjas. Se as coisas derem certo, entrará na fila algum diretor (ou ex-diretor) de grande empresa.

TUNGA

Quem não paga os impostos ganha Refis, mas quem compra livros é tungado pela Receita Federal. Um infeliz comprou um dicionário da Universidade de Cambridge e foi tungado em R$ 27,46, ou US$ 11, pela Receita Federal.

Como a obra custou US$ 14,90, fica entendido que os impostecas cobraram uma alíquota de 70% na importação do livro. Pela lei, esses perigosos objetos estão livres de impostos.

 

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Folha + Estadão + O Globo

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10 comentários

  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Quero agradecer ao Sr.Geraldo Gentile, por despender seu precioso tempo e responder a pergunta se foi bom ou ruim o FHC abrir as portas para as ONS estrangeiras.Resposta objetiva,clara sem meias palavras, não repetindo o que já sabemos,foi de certa forma contundente,padrão PSDB.Esta é o jeito tucano de dialogar!Só uma pequena ressalva quando fala das Ogns de Marte,compreensível pois deve estar pensando muito no ET de Varginha.

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Sr.Geraldo Gentile/Ibaiti Pr. O Sr. esclareceu que a assinatura do Sarney Filho na MP é mera formalidade,sendo conhecedor e defensor do FHC poderia fazer o favor de explicar,aquele artigo na última página da MP que abre as portas das ONGS estrangeiras, foi bom ou ruim para o Brasil?

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Sr.Irineu, concordei com a maioria dos seus argumentos e o Sr. nem falou de Itaipu.Ontem na abertura do programa do Aécio Neves,destaram que o avô dele lutou contra a ditadura militar,politica tem cada uma...não é mesmo?

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  • IRINEU DAL MASO Cascavel - PR

    Sr.Arlindo, com todo o respeito, nao podemos ser injustos,os governos tem seu lado + e - , ex: gov.militar quando assumiram, na nossa regiao era virado em taboca,nao tinhamos industria,energia,combustivel,campos agricultaveis,estradas,asfalto, enfim nao tinha nada.Final dos anos 80 estava pronto. ELES tem ou nao tem seus meritos? As obras estao ai ate hoje, nao temos como negar. FHC, assumiu com inflaçao de 960%a.a. Plano Real, resolveu ou nao? Sr.Arlindo, tudo nos temos que avaliar e nos posicionarmos usando somente o bom senso, para nao cometermos injustiça. abraço.

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Na ultima página da MP 2166-67 editada pelo FHC consta assinatura de um Sarney,aliás uma pérola merece este carimbo pois os dois são da mesma laia!

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    O manual da hipocrisia recomenda falar de alternância de poder quando lhe convém,esquecer o nome do Presidente e do partido que compraram votos para aprovar a reeleição, graças a esta preocupação com a alternância, poderemos ter o governador Marconi Perillo do PSDB de Goiás ser eleito pela quarta vez,vai gostar de alternância!Mas ainda falando dos eleitores semianalfabetos e mais pobres temos que fazer uma reflexão,eles não foram produzidos em estufas ou fábricas e também demora para ter esta quantidade de pessoas capazes de eleger um Presidente,duas gerações talvez seriam suficientes.Se o LULA foi eleito com 70% dos votos vindos desta classe, entendo que, podemos responsabilizar os governos anteriores por esta situação.FHC,Itamar Collor,Sarney e os governos militares.De 1964 até 2002 são 38 anos, quase duas gerações tempo suficiente na minha opinião,para deixar o Brasil no primeiro mundo.Já disse em outra oportunidade que até na politica sigo o lema:E VAMOS EM FRENTE no segundo turno não temos mais esta possibilidade,e mudar por mudar também não é a solução, pelos motivos acima descritos!

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    A eleição no DF não é uma referencia,mostra que em alguma coisa vcs tem razão quando afirmam 70% dos eleitores da DILMA são pobres e semianalfabetos no DF tem muitas pessoas classe média/alta.Em Minas Gerais depois dos Neves comandar a politica mineira por muitos anos,mostra que eles deixaram mais pessoas com o perfil de eleitor da DILMA e ai não tem milagre que resolva!

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  • IRINEU DAL MASO Cascavel - PR

    Mais uma referencia, no DF 2 turno p/Gov. PSBxPR, e o menor indice de votos p/a Presidenta 23.02%. He uma tragedia mesmo, santo de casa nao faz milagre. Concordo c/O SR. Arlindo.

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  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Uma referencia é Minas Gerais terra do Aécio Neves, teve menos votos que DILMA,onde o governador do PT foi eleito em primeiro turno....Parabéns a maioria dos mineiros! Ps. Não venham com aquela história que santo de casa não faz milagre!

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Principais Estados agroindustriais do pais como DF, GO, RO, MT, MS, SC, PR e SP deram vitoria a Aécio Neves. Com isto iremos ao 2. Turno com ele. Destoaram os gauchos que tem um PT e PMDB diferentes (mais ingenuos) do que no resto do pais. Apoio a Ana Amélia Lemos era apenas virtual?. Aqui em Brasilia a DilmANTA alcancou apenas 23%

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