Câmara: PT perde 18 parlamentares. Vinte e oito partidos terão representantes na Casa

Publicado em 06/10/2014 16:18
Congresso: Nova Câmara tem mais partidos e PT enfraquecido

Congresso

Nova Câmara tem mais partidos e PT enfraquecido

Sigla de Dilma Rousseff continua com a maior bancada, mas perde 18 parlamentares. Vinte e oito partidos terão representantes na Casa

Gabriel Castro, de Brasília
Plenário da Câmara: número de partidos representados passou de 22 para 28

Plenário da Câmara: número de partidos representados passou de 22 para 28 (Ed Ferreira/AE/VEJA)

A Câmara dos Deputados eleita neste domingo terá um equilíbrio maior de forças, mais partidos representados, mas uma maioria de rostos bem conhecidos. PT e PMDB continuam com as maiores bancadas, mas encolheram em comparação às eleições e 2010. O PSDB, terceira maior força, ganhou espaço.

O número de partidos representados na Câmara passou de 22 para 28. Os nanicos PTC, PSDC, PRTB, PSL, PTN e PHS não têm parlamentares atualmente e estarão representados na próxima legislatutra.

A maioria dos deputados que tomará posse em 2015, entretanto, já está no cargo: 56,5% dos parlamentares atuais se reelegeram. Entre os 223 deputados que estavam fora do cargo, nem todos podem ser colocado na cota da renovação: 25 já haviam sido parlamentares e estavam sem mandato. Por exemplo: Moroni Torgan (DEM-CE) e Celso Russomanno (PRB-SP).

Os três maiores partidos continuam em seus lugares no ranking das bancadas. Os dois primeiros se enfraqueceram: o PT possui hoje 88 deputados e passará a ter 70. O PMDB tem 71 parlamentares e elegeu 60. Os representantes do PSDB serão mais numerosos: eram 44, agora serão 55. 

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Quatro partidos terão uma bancada de tamanho semelhante de 34 a 37 deputados: PSD, PSB, PP e PR. São forças medianas, mas que desempenham um papel relevante no dia a dia do Congresso.  PTB, PRB e PDT elegeram, juntos, 65 deputados e também estão nessa lista. Com a exceção do PSB de Marina Silva, as siglas médias tendem a apoiar o novo presidente – seja ele quem for. Os socialistas podem aderir a Aécio Neves ainda no segundo turno.

O novo cenário desenha uma bancada mais favorável a Dilma. Mas Aécio pode costurar uma maioria significativa na Casa. Os oito partidos da coligação de Aécio elegeram 130 deputados – muito menos do que os 257 necessários para ter maioria simples. Já as nove siglas aliadas à candidatura de Dilma terão 304 parlamentares.

Mas o potencial de Aécio é maior do que a conta inicial porque um número significativo de aliados de DIlma tende a apoiar o tucano caso ele vença a eleição. Se PSD, PSB, PP, PR, PTB, PRB e PDT aderirem ao eventual governo tucano, a bancada governista subirá 336 deputados. E ainda existe a tendência de que grande parte dos peemedebistas estejam na base aliada.

Se continuarem no poder federal, os petistas vão ter uma bancada de apoio menor do que a que Dilma possuiu durante os três primeiros anos atual e que chegou a ter cerca de 80% da Câmara. A ascensão do PSB criou um novo polo de poder no país e, mesmo com a derrota de Marina Silva, a tendência é que a sigla continue se comportando como uma força política autônoma, desvinculada dos antigos aliados. A maioria garantida a Dilma pela sua aliança eleitoral é suficiente para aprovar projetos de lei, mas problemática caso seja preciso passar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que exige 308 votos.

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Senado

Saiba quem são os 27 senadores eleitos

Apenas cinco senadores conseguiram se reeleger – 22 são nomes novos ou retornam ao Senado, como Tasso Jereissati e José Serra

Felipe Frazão
Plenário do Senado Federal em Brasília

Plenário do Senado Federal em Brasília (Sergio Lima/Folha Imagem/VEJA)

Das 27 vagas em jogo no Senado Federal apenas cinco ficaram nas mãos de senadores com mandato em vigor, conforme previsto pelas pesquisas eleitorais. Os reeleitos são Fernando Collor (AL), Álvaro Dias (PR), Acir Gurgacz (RO), Kátia Abreu (TO) e Maria do Carmo (SE). Tentavam a reeleição e foram derrotados os senadores Pedro Simon (RS), Eduardo Suplicy (SP), Mario Couto Filho (PA), Mozarildo Cavalcanti (RR) e Gim Argello (DF).

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Aliados do senador José Sarney (PMDB), o ex-senador Gilvam Borges e o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira, ambos do PMDB, também perderam as eleições – no Amapá e no Maranhão, respectivamente. Confira abaixo a lista dos senadores eleitos neste domingo:

Acre: Gladson Camelli (PP)

Alagoas: Fernando Collor (PTB)

Amazonas: Omar Aziz (PSD)

Amapá: Davi Acolumbre (DEM)

Bahia: Otto Alencar (PSD)

Ceará: Tasso Jereissati (PSDB)

Distrito Federal: Reguffe (PDT)

Espírito Santo: Rose de Freitas (PMDB)

Goiás: Ronaldo Caiado (DEM)

Maranhão: Roberto Rocha (PSB)

Mato Grosso: Wellington Fagundes (PR)

Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB)

Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB)

Pará: Paulo Rocha (PT)

Paraíba: José Maranhão (PMDB)

Paraná: Álvaro Dias (PSDB)

Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho (PSB)

Piauí: Elmano Férrer (PTB)

Rio de Janeiro: Romário (PSB)

Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)

Rio Grande do Sul: Lasier Martins (PDT)

Rondônia: Acir Gurgacz (PDT)

Roraima: Telmário Mota (PDT)

Santa Catarina: Dário Berger (PMDB)

São Paulo: José Serra (PSDB)

Sergipe: Maria do Carmo (DEM)

Tocantins: Kátia Abreu (PMDB)

 
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Fonte:
veja.com

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