Reduzir a emissão de gases na atmosfera traz desafios e oportunidades para a agropecuária

Publicado em 23/12/2015 09:02
Responsável por 27% de CO2 lançado pelo Brasil, setor terá que se reinventar

O histórico acordo global fechado há 10 dias em Paris para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa traz oportunidades e desafios para a agropecuária brasileira. O setor responsável por 27% do CO2 lançado pelo país na atmosfera ano passado, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), acompanhou de perto as discussões durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O objetivo era ter uma noção mais precisa de como terá de se reinventar nas próximas décadas, quais vantagens se descortinam no país e em que frentes é preciso estar atento na continuidade das negociações.

– A conferência do clima sinalizou um novo cenário. A bola da vez é a agricultura de baixo carbono – resume Marcello Brito, diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

O compromisso levado pelo governo brasileiro a Paris, impõe ao campo a necessidade de uma revolução em favor do ambiente, mas que também pode ser rentável aos produtores. Entre as ações, será possível restaurar 12 milhões de hectares de florestas, recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e integrar 5 milhões de hectares no sistema lavoura-pecuária-floresta até 2030.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira, ressalta que, para o campo, o acordo do clima deve partir para uma negociação mais detalhada quanto ao comércio mundial. Segundo ele, a contrapartida para o esforço de cortar emissões deve ser o acesso mais facilitado a mercados para a produção agropecuária brasileira.

– Teremos uma grande oportunidade se a questão comercial também for discutida, com prioridade para quem produzir de maneira sustentável – pondera Junqueira.

Embora não exista definição detalhada sobre como será o financiamento para as ações necessárias para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5º C até final do século, os países desenvolvidos acenam com pelo menos US$ 100 bilhões por ano entre 2020 e 2025, valor que deverá ser elevado. Este dinheiro, apontam os líderes do agronegócio brasileiro, poderá ser captado para ser investido no Brasil em esforços como o de recomposição de reservas legais e áreas de proteção permanente (APPs).

Leia a matéria na íntegra no site Zero Hora

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Zero Hora

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