Chuvas melhoram condições das lavouras de sequeiro na Bahia

Publicado em 19/01/2016 06:13

A seca que tomou conta do Oeste da Bahia, há três anos, prejudicando as lavouras de sequeiro, (aquelas realizadas em regiões de poucas chuvas), parece ter chegado ao fim. Há uma semana, chuvas intensas são registradas na região, elevando os níveis de umidade do solo e garantindo melhores condições de desenvolvimento das culturas de milho, soja e algodão.

Para a presidente do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães (BA), Carminha Maria Missio, a região foi muito afetada com a seca nesses anos, acumulando muitos prejuízos para os produtores, pois houve atraso na safra, alongamento dos custeios e aumento de dívidas. “A boa notícia é que em 20 dias esse cenário nebuloso se reverteu e trouxe um pouco de esperança”, comemora.

Apesar da expectativa de mais dias de chuva para o estado, a presidente do Sindicato afirma que os produtores precisarão de ajuda, especialmente com prazo maior para a renegociação das dívidas. “Foram anos acumulando perdas. Hoje, os produtores têm os custos de três safras acumuladas, o replantio e o aumento de despesas”, salienta.

O diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, Celito Breda, também mostra preocupação com as chuvas intensas, que podem aumentar o índice de doenças e pragas, como ferrugem, ervas daninhas, mofo branco e lagarta. “Ainda não estamos reclamando das chuvas. Mas há previsão de mais 15 dias de água intensa no estado. Isso nos preocupa”, observa.  “Vamos ter que esperar. Até agora estamos com boas perspectivas”, acrescenta.

Especialistas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizaram em meados de 2015 o projeto Campo Futuro na cidade de Luis Eduardo Magalhães, além do Dia de Mercado, levando informações estratégicas para os produtores. “As ações ajudaram os produtores a ter maior consciência com relação aos custos de produção e as boas práticas agrícolas. Acredito que estas capacitações irão ajudá-los a melhorar o gerenciamento das atividades agrícolas em busca de rentabilidades positivas para esta safra“, finaliza o assessor técnico da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski.

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CNA

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