Croplife Brasil/Christian Lohbauer: há exageros nas críticas de liberação de registros de defensivos

Publicado em 17/09/2020 08:46

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O presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer, considera que há exagero nas críticas quanto à liberação dos registros de agrotóxicos no Brasil desde o início do atual governo, em 2019. Segundo o executivo, que participa de live promovida pela Associação Brasileira do Agronegócio/Ribeirão Preto (Abag RP), "ao contrário do que se estampa em manchetes de jornais, o Brasil não 'liberou geral' o registro de agrotóxicos".

Ele lembrou que em 2019 foram aprovados 479 produtos. Desses, citou, 274 não são utilizados na agricultura, mas têm, igualmente, de passar pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A Anvisa também autoriza esses produtos, geralmente técnicos e utilizados na indústria." Outros 189 são os chamados defensivos genéricos, que tiveram a patente vencida, mas têm de passar pela mesma fila de obtenção de novo registro. "A patente original venceu, embora o produto já estivesse em uso e aprovado no País. Mesmo assim, quando ele vira genérico tem de novamente passar pelo crivo do Ministério da Agricultura, do Ministério do Meio Ambiente e, por fim, da Anvisa", detalhou Lohbauer. "As entidades são lentas também na aprovação desses produtos genéricos e o que o governo atual fez foi simplesmente fazer andar uma fila que estava parada há anos."

De moléculas novas de defensivos, foram aprovadas apenas sete. "Dessas, somente quatro estão prontas para ser usadas pelo produtor. As outras eram ainda experimentais", relatou.

Lohbauer disse que entre 2003 e 2016 a Anvisa se tornou "mais poderosa" na tríade que deveria aprovar defensivos. "Houve anos em que a Anvisa comemorava o fato de não liberar nenhum registro", disse Lohbauer, o que contribuiu para o acúmulo de pendências. "É importante notar, porém, que assim como a natureza evolui, as moléculas de defensivos também têm de evoluir; a natureza se defende e a tecnologia deve se inovar; se não usamos moléculas novas, temos de continuar usando as velhas, e em maior quantidade."

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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