Cultivo de lúpulo ganha força no Estado de São Paulo com parceria entre fazenda de inovação e projeto da Ambev

Publicado em 06/01/2022 14:08
Agritech Silver Hops, com forte vocação em inovação, fecha parceria com projeto Fazenda Santa Catarina da Ambev para pesquisas no cultivo e beneficiamento de lúpulo 100% brasileiro

A produção de lúpulo brasileiro ganhou um reforço de peso no mês de outubro. A agritech Silver Hops, implantada na Fazenda Pratinha, na região de Ribeirão Preto, fechou uma parceria com o projeto de fomento à cultura do lúpulo, Fazenda Santa Catarina, liderado pelo centro de inovações da Ambev. O propósito é ampliar a produção de lúpulo genuinamente brasileiro e criar insights em pesquisa e desenvolvimento à iniciativa da Ambev.

A Silver Hops nasceu para implementar soluções de alta tecnologia no cultivo de lúpulo e colaborar para o desenvolvimento da produção interna do insumo. O trabalho feito por lá atraiu a atenção do projeto Santa Catarina, que já possui uma fazenda experimental em Lages - SC, e estimula a agricultura familiar e gerando opção de renda para pequenos produtores. A expectativa é que, com a união destas duas frentes, sejam criadas novas possibilidades para o lúpulo nacional em outros estados.

Parceria viabiliza lúpulo genuinamente brasileiro

Em 2020, quase 100% do lúpulo utilizado pelas cervejarias brasileiras foram importados, seguindo a oferta de mercado para grandes fábricas e artesanais. Hoje, o projeto Fazenda Santa Catarina vê uma possibilidade de transformar este cenário.

“Não temos a pretensão de trazer autossuficiência em lúpulo para o Brasil por enquanto, mas mostrar que é possível o cultivo com qualidade, tecnologia de ponta e responsabilidade social junto às famílias produtoras”, explica o gestor da iniciativa e consultor de projetos especiais da Ambev, Felipe Sommer.

O propósito também é visto com otimismo por José Virgílio Braghetto Neto, responsável pela Silver Hops e integrante do ecossistema de inovação da Ambev, através do BHL (Bev Hack Lab), que é focado em projetos disruptivos. “Nosso papel será complementar o trabalho que já está sendo feito com a agricultura familiar através do olhar da pesquisa e da inovação. Com estas duas frentes, poderemos gerar transformações importantes na cadeia de produção cervejeira e, por que não, no agronegócio responsável brasileiro”.

Próximos passos

Segundo Sommer, o projeto deverá seguir um calendário de ações, incluindo o próximo desafio que é a regulamentação da produção de lúpulo no Brasil como um todo. O foco é desenvolver a primeira fábrica de lúpulo brasileira com apoio da Fazenda Pratinha, produtores e universidades.

“Teremos um caminho parecido com o que a uva percorreu, a soja irrompeu há mais de 30 anos. Sabemos que o agro é o grande motor brasileiro”, diz, afirmando que, apesar de o alcance da produção nacional de lúpulo ainda ser pequeno, existe um potencial enorme.

Cerveja com lúpulo nacional já é realidade

Em agosto de 2021, um passo foi dado à verticalização da cadeia cervejeira. A Lohn Bier lançou a primeira cerveja totalmente brasileira, a Toda Nossa, uma “brazilian pale ale”, com lúpulo, cevada e leveduras 100% nacionais, especificamente, de Santa Catarina.

A cevada foi plantada no oeste e malteada em Blumenau, o lúpulo veio dos produtores da serra e a levedura foi isolada por pesquisadores parceiros (Yeast Hunters) a partir de uma planta nativa do litoral.

Além da Toda Nossa, a Lohn Bier produz regularmente a Green Belly, a primeira cerveja em escala industrial produzida com lúpulos nacionais. A Colorado também utilizou o lúpulo brasileiro em sua recente Hop Lager da Linha Brasil com S, que também leva tapioca.

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Silver Hops

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