Embrapa emite nota de esclarecimento sobre áreas ocupadas pelo MST em campos experimentais
Na madrugada de 14 de abril de 2024, a Embrapa Semiárido teve duas áreas correspondentes a campos experimentais ocupadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Uma das áreas é a mesma que foi ocupada em 2023, onde há terras agricultáveis e de preservação do Bioma Caatinga. Nessa área, o uso contempla trabalhos de conservação e multiplicação de sementes e mudas de cultivares lançadas pela Embrapa; produção de plantas forrageiras para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos que são utilizados nas pesquisas para a pecuária do Semiárido; áreas de reserva para alimentação dos animais na forma de silos; experimentos com frutas, em particular o umbuzeiro, e outras sob irrigação; estudos relativos à diversidade das espécies da Caatinga, subsidiando estratégias de conservação e manejo; e o espaço de 20 hectares destinado à realização bienal do maior evento de agricultura familiar e tecnologias para convivência com o Semiárido, o Semiárido Show.
Esse evento disponibiliza, compartilha e promove o intercâmbio e interação de experiências e tecnologias apropriadas aos agricultores familiares da região, atingindo um público cada vez maior de produtores e sendo referência em transferência de tecnologias para a região Nordeste. Para que sua realização seja possível, a Embrapa mantém no local uma estrutura permanente, além de cultivos temporários, que são instalados meses antes do evento. O calendário regular do evento decorre da consolidação de sua importância, atraindo público de toda a Região Nordeste e do norte de Minas Gerais.
A segunda área é utilizada pela Embrapa Semiárido há mais de 40 anos em regime de comodato, sendo de posse da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O espaço que foi ocupado pelos integrantes do MST corresponde à parte do Campo Experimental de Caatinga destinada ao manejo dos rebanhos, particularmente ao pastejo em área de vegetação natural, associado ao regime de criação extensiva.
A diversidade de usos das áreas e a rotatividade dos enfoques são normais em uma instituição de ciência e tecnologia como a Embrapa, que lida com os desafios do campo e cujo desenvolvimento de soluções requer necessariamente experimentos conduzidos em terras destinadas à pesquisa. Essa característica é fundamental para que a instituição permaneça conectada com a realidade da agricultura e da pecuária, considerando os diferentes perfis de produtores e realidades sociais e econômicas. A existência dessa infraestrutura é que nos permite a geração de tecnologias voltadas para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais.
A Embrapa reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos, está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação.
Confira as fotos enviadas pela Embrapa da ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em áreas correspondentes a campos experimentais
![1](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/1-1gmnx.jpg)
![2](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/2-SkKee.jpg)
![3](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/3-QXeNM.jpg)
![4](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/4-vqARh.jpg)
![5](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/5-5dsi6.jpg)
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
A tolerância para com o MST é um dos sinais da política obtusa deste governo cuja filosofia não ultrapassou os anos 1970/80. Literalmente, representa o atraso. O que me admira é a tolerância com esse tipo de atividade, o que demonstra o pouco caso deste governo que não tem a mínima consideração pelo suado imposto que todos nós, pagadores de impostos, colocamos nos cofres deste governo inepto. ISSO É UMA VERGONHA!