Movimentação portuária de grãos soma 47 milhões de toneladas no primeiro trimestre, com destaque para soja e novos mercados
Os terminais portuários brasileiros movimentaram 47 milhões de toneladas de grãos entre janeiro e março de 2025. Apesar do volume expressivo, o setor registrou uma leve retração de 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. A principal causa foi a redução da navegação interior, impactada diretamente pela seca que atinge os principais rios responsáveis pelo escoamento da produção.
Essa queda da movimentação para a navegação fluvial foi especialmente sentida na Região Norte do país, onde se concentra grande parte da movimentação de grãos por vias interiores. Os terminais da região apresentaram uma redução de 13,7% no volume transportado.
As informações são da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que reúne empresas de grande porte e congrega 70 terminais privados do país. Juntas, as companhias movimentam 60% da carga portuária brasileira, essencial para o comércio exterior e a economia brasileira.
Segundo a ATP, em contrapartida, a navegação de longo curso apresentou crescimento de 3,4%, impulsionada pelo desempenho das exportações. A China segue como principal destino dos grãos brasileiros, com mais de 17 milhões de toneladas importadas do Brasil no primeiro trimestre. O período também foi marcado por um expressivo aumento nas exportações para o Irã e o Egito, com altas de 63,5% e 62,3%, respectivamente, consolidando a diversificação dos mercados compradores.
A soja se destacou como principal commodity transportada, com um aumento de 4,5% na movimentação em relação ao primeiro trimestre de 2024, reforçando sua liderança entre os grãos exportados pelo Brasil, destaca a ATP.
De acordo com o IBGE, na passagem do quarto trimestre de 2024 para o primeiro de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4%. O resultado foi puxado pela expressiva alta na agropecuária, de 12,2%, nos três primeiros meses deste ano.
Portos privados na BA e RO são destaques
Entre os terminais de uso privado (TUPs), os destaques pelo aumento significativo na movimentação de grãos foram o Terminal Portuário Cotegipe, na Bahia, que teve alta de 50,5%, e o Terminal Portochuelo, em Rondônia, que avançou 15,8%.
“O cenário mostra que, apesar dos desafios enfrentados com a navegação interior, o setor portuário segue resiliente e com capacidade de adaptação, mantendo o Brasil como um dos maiores exportadores de grãos do mundo”, afirma a diretora-executiva da ATP, Gabriela Costa.
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