Brasil super média mundial em produtividade e mira liderança na piscicultura até 2040
A produção brasileira de peixes de cultivo alcançou 968 mil toneladas em 2024, resultado que posiciona o Brasil como o maior produtor de peixes cultivados das Américas superando, inclusive, o Chile. Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura - Peixe BR, até 2023, o mercado chileno era o maior com a produção de salmão.
Mas o Brasil quer ir além. Até 2040, o país almeja atingiu uma marca maior de produção e subiu no ranking da piscicultura global. Para isso, cerca de 80% dos investimentos virão da iniciativa privada, especialmente impulsionados pelo avanço da tilapicultura, que cresce em ritmo mais acelerado do que as ações do poder público conseguem acompanhar.
“Esse objetivo será realizado por meio de investimentos em genética, nutrição, manejo, equipamentos, sanidade, produção, processamento e, principalmente, comercialização nos mercados interno e externo”, destaca o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros.
Segundo ele, o envolvimento de empresas que já atuam em outras proteínas animais, como aves e suínos, tem acelerado esse crescimento pela sinergia nas cadeias produtivas. "Nos últimos 11 anos, crescemos mais de 10% ao ano, o que demonstra que não estamos no caminho certo. Sem dúvidas, essas iniciativas nos levarão à meta de 2040", afirma.
Tilapicultura mais tecnológica do mundo
O Brasil já se destaca globalmente por impedir a tilapicultura mais tecnológica do planeta. De acordo com Medeiros, a produtividade nacional é até duas vezes superior à média mundial, resultado de investimentos em todas as etapas da cadeia.
"Sem tecnologia o agronegócio brasileiro perde competitividade. Hoje, conseguimos crescer mesmo em um ambiente econômico solicitado justamente pelo uso de ciência e inovação — não só em máquinas, mas em nutrição, genética, processamento, mercado e consumo", pontua.
Apesar do cenário positivo, os desafios ainda exigem atenção dentro e fora da porta. Segundo Medeiros, a sanidade é hoje o principal gargalo na produção. “Tem crescido e ainda não dá sinais de recuo”, alerta.
No pós-porteira, as entraves estão nos ambientes regulatórios e mercadológicos, que precisam ser acompanhados de perto para não comprometer o desempenho do setor. Para o presidente do Peixe BR, o trabalho contínuo da entidade tem sido essencial para manter o ritmo de expansão.
"Precisamos entender bem os mercados interno e externo para atender às demandas. A proteína de pescado já é a mais consumida no mundo — especialmente os peixes de cultivo — e seguiremos contribuindo para a segurança alimentar global", finaliza.
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