CNA discute modernização na classificação da soja
A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quarta (2), para discutir os avanços nos testes com tecnologias de classificação automatizada da soja e levantar as demandas identificadas no campo.
De acordo com o presidente da Comissão, André Dobashi, a CNA tem atuado para retirar a subjetividade da classificação da soja por meio de métodos automatizados e, ao mesmo tempo, trabalha na revisão da norma de qualidade com base nas percepções trazidas pelos produtores.
“Embora exista uma instrução normativa em vigor, muitos compradores não a aplicam corretamente, especialmente no que se refere ao uso de equipamentos e ao cumprimento do roteiro de classificação previsto. “Precisamos avançar na transparência da comercialização para dar mais segurança ao setor com o um todo”, afirmou.
Na reunião, o consultor técnico da CNA, Mauro Cézar Barbosa, apresentou as etapas do projeto e os resultados obtidos pelos equipamentos avaliados. “Hoje já dispomos de tecnologias como NIR, raio-X e imagem hiperespectral com potencial para uso comercial, que podem complementar o trabalho dos classificadores com mais precisão. Esses equipamentos permitem identificar com mais exatidão defeitos nos grãos, reduzindo a subjetividade nas análises”, explicou.
Segundo o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, a partir das contribuições das federações estaduais, foram destacados pontos prioritários que precisam ser enfrentados de forma estruturada.
“Foram apontadas questões como a falta de critérios de desconto mais transparentes e justos, a subjetividade ainda presente na análise visual e a ausência de um mecanismo claro de arbitragem em caso de divergência. Esses temas precisam estar no centro da discussão sobre modernização”, avaliou.
A CNA reforçou que está à disposição dos produtores e das federações para dar continuidade ao trabalho técnico e institucional em prol de uma classificação mais justa, transparente e moderna.
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