Mesmo com avanço da diversificação, tabaco segue como principal fonte de renda

Publicado em 22/09/2025 09:32
Receita do tabaco cresce mais de R$ 2,3 bilhões em um ano e reforça protagonismo da cultura na vida de 138 mil famílias produtoras no Sul do Brasil.

Os dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) revelam que, mesmo diante de um cenário de crescente diversificação nas propriedades rurais, o tabaco continua exercendo um papel central na geração de renda das famílias produtoras da Região Sul do Brasil. Entre as safras 2023/2024 e 2024/2025, a receita obtida com o cultivo de tabaco cresceu mais de R$ 2,3 bilhões, reafirmando sua importância econômica.

Segundo o levantamento, a safra 2024/2025 atingiu uma receita total de R$ 24,3 bilhões, um aumento de 16,15% em relação ao ciclo anterior. Desse montante, R$ 14,17 bilhões vieram exclusivamente da produção de tabaco — o que representa 58,3% da renda total das propriedades. Na safra anterior, a cultura já respondia por 56,3% da renda, com receita de R$ 11,78 bilhões.

“Com uma cadeia produtiva consolidada e demanda estável no mercado externo, a cultura segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores”, avalia o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing.

A análise também mostra um crescimento na receita gerada por outras culturas agrícolas, que passaram de R$ 3,83 bilhões (2023/24) para R$ 5,5 bilhões (2024/25) — um salto de 43,85%. Em termos de participação na renda das propriedades, essas culturas cresceram de 18,3% para 22,7%.

Por outro lado, a produção animal e os produtos granjeiros tiveram um recuo importante. A receita caiu de R$ 5,32 bilhões para R$ 4,63 bilhões, o que reduziu sua participação na renda das propriedades de 25,4% para 19,1%. “O movimento pode indicar um reposicionamento dos produtores frente aos custos e à rentabilidade do setor pecuário”, avalia Thesing.

Outro dado que chama atenção é o aumento no número de famílias produtoras, de 133 mil para 138 mil, o que representa um crescimento de 3,76% e pode estar ligado à atratividade econômica do setor.

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Fonte:
SindiTabaco

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