Com US$ 1,1 tri, investimento estrangeiro bate recorde de 46,6% do PIB

Os dados fazem parte do Censo de Capitais Estrangeiros, divulgado pelo BC nesta sexta-feira (26), em Brasília.
Notícias relacionadas:País tem déficit de US$ 4,7 bi nas contas externas em agosto; entenda.Banco Central prevê crescimento de 1,5% para o PIB em 2026.Em 1995, quando foi iniciada a série, o percentual de investimento direto estrangeiro era de 6,1% do PIB. Em 2000, passou para 17,1%, alcançando 25,2% em 2010. Em 2019, superou pela primeira vez a marca de 30% (34,6%). Em 2023, a marca ficou em 45%.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destaca que a maioria das empresas que recebem capital estrangeiro é controlada por esses investidores.
“Tem 100% do capital ou tem o controle da empresa, mais de 50%”, diz Rocha, ao ressaltar o fato de esses negócios terem maior ligação com o exterior.
“Tipicamente têm uma maior relação com o exterior, com os seus investidores, têm maior conteúdo importado, maior conteúdo exportado”, explica. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Aumento da capacidade produtivaO BC divide os US$ 1,1 trilhão em duas partes: US$ 884,8 bilhões são participação no capital social de empresas, ou seja, sócios; enquanto US$ 256,4 bilhões são operações intercompanhia, isto é, empréstimos entre empresas.
“O mais importante é o caráter tipicamente produtivo desse investimento direto, aumentando capacidade instalada no país, contribuindo para crescimento de produtividade”, avalia Rocha.
Apesar do recorde em relação ao PIB, Fernando Rocha esclarece que, em termos absolutos, o estoque de investimento direto no país era maior ao fim de 2023, marcando US$ 1,3 trilhão.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC explica que isso acontece por causa do câmbio.
“Esses investimentos no Brasil são todos feitos em reais, então a gente apura esses valores, mas depois converte em dólar”, detalha.
Segundo Rocha, entre o fim de 2023 e o final de 2024, a taxa de câmbio passou de R$ 4,84 por dólar para R$ 6,19. “Essa depreciação cambial reduziu esse valor de investimento direto, quando a gente expressa em dólares”, completa.
Fernando Rocha aponta que os principais países a investirem diretamente no Brasil são Estados Unidos, em primeiro lugar, França, Uruguai, Espanha e Países Baixos.
“A gente tem como principais setores, que somam 40% da posição de investimento, o setor de serviços financeiros, comércio, eletricidade e extração de petróleo”, elenca.
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