Mesmo com recuo em novembro, Brasil amplia importações de fertilizantes em 2025

Publicado em 09/12/2025 14:22
Análise da StoneX indica que a queda segue a sazonalidade do mercado e revela ajustes na estratégia dos compradores

O volume de fertilizantes importados pelo Brasil registrou queda em novembro de 2025, de acordo com dados oficiais do governo brasileiro. Segundo análise da StoneX, empresa global de serviços financeiros, o movimento é típico desta época do ano e segue o padrão sazonal histórico das compras nacionais.

No mês, o país importou cerca de 3,3 milhões de toneladas dos principais produtos¹, volume inferior ao observado entre agosto e outubro. “O comportamento das importações em 2025 está alinhado ao histórico: os maiores volumes ocorrem nos meses que antecedem a safra de verão. À medida que o ano avança, especialmente no final do segundo semestre, é natural vermos uma desaceleração”, explica o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías.

Apesar da queda mensal, o acumulado de janeiro a novembro de 2025 permanece acima dos níveis registrados em 2024, demonstrando a resiliência do mercado brasileiro. De acordo com Pernías, esse desempenho ocorreu mesmo diante de um cenário desafiador para os compradores. “Em boa parte do ano, as decisões de compra foram tomadas em meio a preços elevados, relações de troca pouco atrativas e preocupações relacionadas a conflitos, riscos de sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos”, afirma.

Outro ponto relevante observado pela StoneX é a mudança no perfil das aquisições. Com preços altos e oferta limitada de produtos como ureia e MAP, os importadores brasileiros intensificaram a compra de fertilizantes menos concentrados, como sulfato de amônio (SAM) e SSP, buscando alternativas mais econômicas para reduzir custos de produção.

Entre janeiro e novembro de 2025, as importações de ureia somaram 6,6 milhões de toneladas, cerca de 12% abaixo do registrado no mesmo período de 2024. Já as compras de SAM cresceram 31% no ano. “Esses números mostram uma clara mudança estratégica dos compradores, que passaram a priorizar produtos com melhor custo-benefício diante do cenário global”, conclui o analista.

¹Amônia, ureia, SAM, NAM, DAP, MAP, SSP, TSP, NP, enxofre e KCl.

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Fonte:
StoneX

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