Terrus Regeneração apresenta 1ª plataforma para posicionamento de biossoluções baseada na tipologia de argila

Publicado em 10/12/2025 10:56

A Terrus Regeneração, empresa do Grupo Casa Bugre em parceria com a startup Quanticum que nasceu nos corredores da Unesp Jaboticabal, lança no Brasil a primeira plataforma para agricultura regenerativa baseada na tipologia mineralógica do solo, integrando dados científicos e tecnológicos inéditos. A solução permite mapear e compreender a composição mineral da fração argila — a camada mais fina e antiga do solo — e associá-la à atividade biológica e metagenômica, gerando recomendações de manejo inteligentes, personalizadas e sustentáveis

“A Terrus nasce com o propósito de transformar a forma como o agricultor entende e maneja o solo. É um avanço que conecta ciência e tecnologia para promover produtividade e regeneração, pilares centrais da nova agricultura brasileira”, afirma Everton Molina Campos, sócio da Terrus e Diretor de Marketing & Inovação do Grupo Casa Bugre.

Ciência da fração argila: o DNA mineral do solo

A plataforma Terrus Regeneração parte de um princípio simples e científico: o comportamento produtivo e biológico do solo está diretamente relacionado à sua fração mineralógica. Essa fração, composta por minerais como caulinita, goethita, hematita e maghemita, define propriedades como retenção de fósforo, desenvolvimento de microrganismos, armazenamento de água, troca catiônica, estrutura física e reatividade química

Índice de Tipologia de Argila (ITA): um novo indicador para a maximizar a eficiência agronômica

O Índice de Tipologia de Argila (ITA) é o coração da tecnologia Terrus Regeneração. Ele é um indicador numérico — de 0 a 80 — que resume, de forma simples e objetiva, as características essenciais da fração argila do solo, a parte mais fina e antiga formada por partículas menores que 0,002 mm.

O ITA combina três informações que definem a “identidade” do solo: (1) Quais minerais estão presentes (como caulinita, goethita, hematita, maghemita); (2) O tamanho dessas partículas (por exemplo, 20 ou 80 nanômetros); (3) O sentido preferencial de crescimento dos cristais (eixos X, Y ou Z).

Esses fatores refletem diretamente a gênese do solo, ou seja, como esse solo foi formado ao longo de milhares de anos. E é justamente entender essas variações — metro a metro — que permite prever o potencial produtivo, a eficiência natural e os riscos agronômicos de cada ambiente, sem sofrer interferência de fatores momentâneos como umidade, adubação ou tipo de cultura. Tamanha a importância desse conhecimento, foi reconhecida como a primeira patente da América Latina e Caribe da Linha, foi destaque no Livro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo o FAPESP 60 anos como uma das tecnologias mais disruptivas desde 1962, foi chancelada como uma das TOP10 soluções de maio destaque na COP30 pelo MAPA e EMBRAPA.

Com o ITA, a plataforma Terrus Regeneração identifica ambientes homogêneos de resposta agronômica e cria zonas de manejo específicas, permitindo posicionar biossoluções, biofertilizantes e práticas regenerativas de forma preditiva e personalizada para cada tipo de solo.

“A plataforma vem sendo criada com dados reais coletados em campo há mais de 15 anos. São dados próprios que já cobrem 100% do Brasil em uma resolução de 0,2 ha com precisão e exatidão acima dos 80% valida em campo. Assim, o ITA permite enxergar o que antes não era visto: como a mineralogia afeta o desempenho das plantas e dos insumos biológicos”, explica Diego Siqueira, sócio da Terrus Regeneração e um dos sócios-fundadores da startup Quanticum.

Metagenômica: revelando a vida invisível do solo

A Terrus incorpora à sua metodologia uma análise metagenômica avançada, que sequencia o DNA das comunidades microbianas do solo, identificando a presença e função de bactérias e fungos responsáveis por processos vitais como fixação de nitrogênio, ciclagem de fósforo, decomposição de matéria orgânica e estímulo ao crescimento vegetal.

Essa leitura vai além da microbiologia tradicional, permitindo identificar espécies não cultiváveis e compreender a dinâmica funcional do microbioma do solo. Estudos científicos recentes mostram que a diversidade e a estrutura microbiana estão diretamente relacionadas mineralogia do solo, os tipos de argila — ou seja, microrganismos se comportam de maneira diferente dependendo da tipologia de argila predominante e do Índice TA.

“Essa leitura integrada inaugura uma nova geração de inteligência agronômica: ela antecipa respostas do solo e orienta o manejo com base científica. A interação entre a tipologia de argila e o microbioma é profunda — certos minerais criam microambientes que favorecem comunidades específicas de microrganismos, o que influencia diretamente a eficiência de produtos biológicos e bioestimulantes. Entender essa relação é fundamental para posicionar cada insumo no ambiente certo”, explica Gustavo Zanetti Pollo, sócio da Terrus Regeneração e consultor há mais de 10 anos em mais de 80 mil hectares nas culturas de café, grãos e cereais.

“Há mais de cinco anos vejo no campo os impactos positivos dessa tecnologia. Nosso escritório é o campo, e nossa melhor auditoria de um trabalho bem feito são as próprias plantas que interagem e sentem essas variações do ITA há séculos ”, finaliza Gustavo.

A análise metagenômica realizada pela Terrus, combinada ao ITA, permite cruzar dados mineralógicos e genéticos, revelando como cada tipo de solo responde à introdução de microrganismos ou biosoluções. Assim, é possível definir quais produtos biológicos terão maior eficiência em cada ambiente produtivo — uma nova fronteira na personalização do manejo regenerativo.

Essa visão integrada de ciência e manejo também é reconhecida por especialistas que acompanharam a evolução dessa metodologia desde seus primeiros passos. “Nas décadas de 1980 e 1990, vi meu pai, Santin Gravena, participar ativamente da introdução dos biológicos no Brasil. Hoje, aquela linha de pesquisa amadureceu e se uniu à nanotecnologia, inaugurando a era da nano-biotecnologia. Meu pai foi colega de Universidade do Professor José Marques Júnior na UNESP Jaboticabal — o mesmo ambiente acadêmico onde as bases científicas da metodologia Terrus foram criadas, validadas e reconhecidas, inclusive com obras publicadas pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e artigos na revista Nature assinados pela equipe do Prof. Marques. A solução Terrus nasce exatamente dessa fusão, trazendo manejos poderosos e cientificamente embasados. Um mesmo inoculante ou bioestimulante pode ter resultados totalmente diferentes em solos com tipologias distintas. Quando conhecemos a tipologia de argila e o microbioma, conseguimos aplicar o produto certo, na dose certa, no lugar certo”, afirma Renam Gravena, sócio da Terrus Regeneração e sócio conselheiro da Quanticum.

Do diagnóstico à ação: como a plataforma funciona

A Terrus Regeneração combina modelagem pedométrica com inteligência artificial, dados mineralógicos e metagenômicos para entregar uma visão completa e dinâmica do solo.
O processo envolve cinco etapas integradas:

Mapeamento mineralógico – identificação dos tipos e proporções de minerais na fração argila;

Cálculo do ITA (Índice de Tipologia de Argila) – indicador do potencial e riscos do solo;

Análise metagenômica – leitura genética das comunidades microbianas;

Integração de dados agronômicos e ambientais – cruzamento com informações de fertilidade e textura;

Geração de relatórios e mapas de manejo – recomendação de estratégias regenerativas, posicionamento de biossoluções e definição de zonas de aplicação

O resultado é uma plataforma digital interativa, que entrega visualizações, relatórios técnicos e pacotes de recomendações agronômicas personalizados, transformando o solo em um sistema vivo, mensurável e gerenciável.

Resultados e impacto direto na agricultura regenerativa

Com a Terrus Regeneração, agricultores, consultores e empresas passam a contar com uma base científica e operacional que eleva a eficiência do uso de recursos naturais, aumenta a produtividade e reduz a variabilidade dos resultados.

Em diferentes regiões do Brasil, a metodologia já demonstra ganhos expressivos e mensuráveis. Propriedades com tipologias de argila mapeadas pelo Terrus reduziram entre 30% e 50% as perdas de solo e carbono, preservando fertilidade e aumentando a longevidade produtiva dos talhões. Em áreas com mineralogias específicas, o sistema registrou até 100 mil litros adicionais de água armazenados por hectare, equivalendo a mais de três dias de suporte hídrico extra em períodos de estiagem — um diferencial decisivo para culturas sensíveis e sistemas regenerativos.

A eficiência no posicionamento de biossoluções também cresce de forma significativa. Ensaios de campo mostram que a variação mineralógica pode gerar diferença de até 1.900 mg/kg na adsorção de fósforo, impactando diretamente o desempenho de bioestimulantes, inoculantes e fertilizantes. Com o Terrus, produtores passaram a aplicar o insumo certo, na dose certa e no ambiente correto, reduzindo custos e aumentando a resposta agronômica.

Entre os principais impactos observados estão:

Maior assertividade no uso de biossoluções e biofertilizantes;

Redução de perdas de nutrientes por lixiviação e fixação;

Identificação de solos com alta aptidão regenerativa natural;

Aumento da resiliência do sistema produtivo;

Melhor uso da biodiversidade microbiana nativa.

“A Terrus representa uma nova era da agricultura regenerativa. Com base científica sólida, transformamos a mineralogia e a biologia do solo em informação estratégica para o agricultor”, complementa Flávio Maia, sócio da Terrus Regeneração e CEO do Grupo Casa Bugre.

Do ponto de vista econômico, o Terrus Regeneração entrega retornos imediatos. Experiências prévias com a tecnologia Terrus em diferentes setores registraram ROI entre 1:10 e 1:30, com redução direta de custos operacionais, menor necessidade de reamostragens e maior previsibilidade agronômica. Em propriedades comerciais, a tecnologia permitiu otimizar adubações, evitar perdas por erosão e direcionar biossoluções com mais de 85% de assertividade, traduzindo ciência mineralógica e genética em ganhos diretos para o caixa do produtor.

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Fonte:
Terrus Regeneração

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