Terrus Regeneração apresenta 1ª plataforma para posicionamento de biossoluções baseada na tipologia de argila
A Terrus Regeneração, empresa do Grupo Casa Bugre em parceria com a startup Quanticum que nasceu nos corredores da Unesp Jaboticabal, lança no Brasil a primeira plataforma para agricultura regenerativa baseada na tipologia mineralógica do solo, integrando dados científicos e tecnológicos inéditos. A solução permite mapear e compreender a composição mineral da fração argila — a camada mais fina e antiga do solo — e associá-la à atividade biológica e metagenômica, gerando recomendações de manejo inteligentes, personalizadas e sustentáveis
“A Terrus nasce com o propósito de transformar a forma como o agricultor entende e maneja o solo. É um avanço que conecta ciência e tecnologia para promover produtividade e regeneração, pilares centrais da nova agricultura brasileira”, afirma Everton Molina Campos, sócio da Terrus e Diretor de Marketing & Inovação do Grupo Casa Bugre.
Ciência da fração argila: o DNA mineral do solo
A plataforma Terrus Regeneração parte de um princípio simples e científico: o comportamento produtivo e biológico do solo está diretamente relacionado à sua fração mineralógica. Essa fração, composta por minerais como caulinita, goethita, hematita e maghemita, define propriedades como retenção de fósforo, desenvolvimento de microrganismos, armazenamento de água, troca catiônica, estrutura física e reatividade química
Índice de Tipologia de Argila (ITA): um novo indicador para a maximizar a eficiência agronômica
O Índice de Tipologia de Argila (ITA) é o coração da tecnologia Terrus Regeneração. Ele é um indicador numérico — de 0 a 80 — que resume, de forma simples e objetiva, as características essenciais da fração argila do solo, a parte mais fina e antiga formada por partículas menores que 0,002 mm.
O ITA combina três informações que definem a “identidade” do solo: (1) Quais minerais estão presentes (como caulinita, goethita, hematita, maghemita); (2) O tamanho dessas partículas (por exemplo, 20 ou 80 nanômetros); (3) O sentido preferencial de crescimento dos cristais (eixos X, Y ou Z).
Esses fatores refletem diretamente a gênese do solo, ou seja, como esse solo foi formado ao longo de milhares de anos. E é justamente entender essas variações — metro a metro — que permite prever o potencial produtivo, a eficiência natural e os riscos agronômicos de cada ambiente, sem sofrer interferência de fatores momentâneos como umidade, adubação ou tipo de cultura. Tamanha a importância desse conhecimento, foi reconhecida como a primeira patente da América Latina e Caribe da Linha, foi destaque no Livro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo o FAPESP 60 anos como uma das tecnologias mais disruptivas desde 1962, foi chancelada como uma das TOP10 soluções de maio destaque na COP30 pelo MAPA e EMBRAPA.
Com o ITA, a plataforma Terrus Regeneração identifica ambientes homogêneos de resposta agronômica e cria zonas de manejo específicas, permitindo posicionar biossoluções, biofertilizantes e práticas regenerativas de forma preditiva e personalizada para cada tipo de solo.
“A plataforma vem sendo criada com dados reais coletados em campo há mais de 15 anos. São dados próprios que já cobrem 100% do Brasil em uma resolução de 0,2 ha com precisão e exatidão acima dos 80% valida em campo. Assim, o ITA permite enxergar o que antes não era visto: como a mineralogia afeta o desempenho das plantas e dos insumos biológicos”, explica Diego Siqueira, sócio da Terrus Regeneração e um dos sócios-fundadores da startup Quanticum.
Metagenômica: revelando a vida invisível do solo
A Terrus incorpora à sua metodologia uma análise metagenômica avançada, que sequencia o DNA das comunidades microbianas do solo, identificando a presença e função de bactérias e fungos responsáveis por processos vitais como fixação de nitrogênio, ciclagem de fósforo, decomposição de matéria orgânica e estímulo ao crescimento vegetal.
Essa leitura vai além da microbiologia tradicional, permitindo identificar espécies não cultiváveis e compreender a dinâmica funcional do microbioma do solo. Estudos científicos recentes mostram que a diversidade e a estrutura microbiana estão diretamente relacionadas mineralogia do solo, os tipos de argila — ou seja, microrganismos se comportam de maneira diferente dependendo da tipologia de argila predominante e do Índice TA.
“Essa leitura integrada inaugura uma nova geração de inteligência agronômica: ela antecipa respostas do solo e orienta o manejo com base científica. A interação entre a tipologia de argila e o microbioma é profunda — certos minerais criam microambientes que favorecem comunidades específicas de microrganismos, o que influencia diretamente a eficiência de produtos biológicos e bioestimulantes. Entender essa relação é fundamental para posicionar cada insumo no ambiente certo”, explica Gustavo Zanetti Pollo, sócio da Terrus Regeneração e consultor há mais de 10 anos em mais de 80 mil hectares nas culturas de café, grãos e cereais.
“Há mais de cinco anos vejo no campo os impactos positivos dessa tecnologia. Nosso escritório é o campo, e nossa melhor auditoria de um trabalho bem feito são as próprias plantas que interagem e sentem essas variações do ITA há séculos ”, finaliza Gustavo.
A análise metagenômica realizada pela Terrus, combinada ao ITA, permite cruzar dados mineralógicos e genéticos, revelando como cada tipo de solo responde à introdução de microrganismos ou biosoluções. Assim, é possível definir quais produtos biológicos terão maior eficiência em cada ambiente produtivo — uma nova fronteira na personalização do manejo regenerativo.
Essa visão integrada de ciência e manejo também é reconhecida por especialistas que acompanharam a evolução dessa metodologia desde seus primeiros passos. “Nas décadas de 1980 e 1990, vi meu pai, Santin Gravena, participar ativamente da introdução dos biológicos no Brasil. Hoje, aquela linha de pesquisa amadureceu e se uniu à nanotecnologia, inaugurando a era da nano-biotecnologia. Meu pai foi colega de Universidade do Professor José Marques Júnior na UNESP Jaboticabal — o mesmo ambiente acadêmico onde as bases científicas da metodologia Terrus foram criadas, validadas e reconhecidas, inclusive com obras publicadas pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e artigos na revista Nature assinados pela equipe do Prof. Marques. A solução Terrus nasce exatamente dessa fusão, trazendo manejos poderosos e cientificamente embasados. Um mesmo inoculante ou bioestimulante pode ter resultados totalmente diferentes em solos com tipologias distintas. Quando conhecemos a tipologia de argila e o microbioma, conseguimos aplicar o produto certo, na dose certa, no lugar certo”, afirma Renam Gravena, sócio da Terrus Regeneração e sócio conselheiro da Quanticum.
Do diagnóstico à ação: como a plataforma funciona
A Terrus Regeneração combina modelagem pedométrica com inteligência artificial, dados mineralógicos e metagenômicos para entregar uma visão completa e dinâmica do solo.
O processo envolve cinco etapas integradas:
Mapeamento mineralógico – identificação dos tipos e proporções de minerais na fração argila;
Cálculo do ITA (Índice de Tipologia de Argila) – indicador do potencial e riscos do solo;
Análise metagenômica – leitura genética das comunidades microbianas;
Integração de dados agronômicos e ambientais – cruzamento com informações de fertilidade e textura;
Geração de relatórios e mapas de manejo – recomendação de estratégias regenerativas, posicionamento de biossoluções e definição de zonas de aplicação
O resultado é uma plataforma digital interativa, que entrega visualizações, relatórios técnicos e pacotes de recomendações agronômicas personalizados, transformando o solo em um sistema vivo, mensurável e gerenciável.
Resultados e impacto direto na agricultura regenerativa
Com a Terrus Regeneração, agricultores, consultores e empresas passam a contar com uma base científica e operacional que eleva a eficiência do uso de recursos naturais, aumenta a produtividade e reduz a variabilidade dos resultados.
Em diferentes regiões do Brasil, a metodologia já demonstra ganhos expressivos e mensuráveis. Propriedades com tipologias de argila mapeadas pelo Terrus reduziram entre 30% e 50% as perdas de solo e carbono, preservando fertilidade e aumentando a longevidade produtiva dos talhões. Em áreas com mineralogias específicas, o sistema registrou até 100 mil litros adicionais de água armazenados por hectare, equivalendo a mais de três dias de suporte hídrico extra em períodos de estiagem — um diferencial decisivo para culturas sensíveis e sistemas regenerativos.
A eficiência no posicionamento de biossoluções também cresce de forma significativa. Ensaios de campo mostram que a variação mineralógica pode gerar diferença de até 1.900 mg/kg na adsorção de fósforo, impactando diretamente o desempenho de bioestimulantes, inoculantes e fertilizantes. Com o Terrus, produtores passaram a aplicar o insumo certo, na dose certa e no ambiente correto, reduzindo custos e aumentando a resposta agronômica.
Entre os principais impactos observados estão:
Maior assertividade no uso de biossoluções e biofertilizantes;
Redução de perdas de nutrientes por lixiviação e fixação;
Identificação de solos com alta aptidão regenerativa natural;
Aumento da resiliência do sistema produtivo;
Melhor uso da biodiversidade microbiana nativa.
“A Terrus representa uma nova era da agricultura regenerativa. Com base científica sólida, transformamos a mineralogia e a biologia do solo em informação estratégica para o agricultor”, complementa Flávio Maia, sócio da Terrus Regeneração e CEO do Grupo Casa Bugre.
Do ponto de vista econômico, o Terrus Regeneração entrega retornos imediatos. Experiências prévias com a tecnologia Terrus em diferentes setores registraram ROI entre 1:10 e 1:30, com redução direta de custos operacionais, menor necessidade de reamostragens e maior previsibilidade agronômica. Em propriedades comerciais, a tecnologia permitiu otimizar adubações, evitar perdas por erosão e direcionar biossoluções com mais de 85% de assertividade, traduzindo ciência mineralógica e genética em ganhos diretos para o caixa do produtor.
0 comentário
IPCF de novembro já é o mais favorável ao agricultor desde abril
Alto Taquari/MT e Alto Garças/MT sofreram com falta de chuvas para as lavouras de soja
Terrus Regeneração apresenta 1ª plataforma para posicionamento de biossoluções baseada na tipologia de argila
Krilltech lança Projeto Biocabruca com apoio da Finep para impulsionar sustentabilidade no cultivo de cacau
Novo marco da pesca propõe regras claras para diferenciar aquicultura e pesca extrativa
Produção de óleo de palma da Malásia chegará a 20 mi t pela primeira vez, diz conselho