Fundação MT pesquisa rotação de cultura para subsidiar produtores

Publicado em 29/04/2010 16:01
Rotação de cultura é um processo viável em Mato Grosso? Essa é uma pergunta dos produtores que a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) pretende responder no máximo em 10 anos. Parece muito tempo, mas não é, em se tratando de pesquisa. Em um trabalho inédito no Estado, a Fundação MT, por meio do Programa de Monitoramento e Adubação (PMA), está testando algumas possibilidades de rotação de cultura, em uma estação experimental em Itiquira, sul do Estado, para subsidiar o produtor com informações precisas sobre a atividade.

O trabalho já vem sendo desenvolvido há dois anos, segundo o engenheiro agrônomo e pesquisador do PMA, Diego Martins Carretero. Ele adianta que ainda é muito cedo para falar de resultados, mas destaca, por exemplo, que na experiência de rotação algodão/milheto, o visual do algodão está melhor e o tamanho da planta está maior do que o verificado na experiência algodão/algodão. De acordo com ele, plantar somente algodão é o que faz a maioria dos produtores hoje. O pesquisador explica ainda que o milheto é uma opção boa pela palhada que forma. Ele traz benefícios ao solo, diminuindo a pressão de plantas daninhas.

Conforme Carretero, existe uma certa resistência dos produtores mato-grossenses em fazer a rotação de cultura, tanto pelo custo, quanto pela dificuldade de manejo. Além disso, sem informações precisas, o produtor não se arrisca a fazer nada. Essa pesquisa sobre rotação de cultura desenvolvida pela Fundação Mato Grosso surgiu justamente por demanda dos produtores. Tomando como exemplo a América do Sul, Carretero destaca que a Argentina trabalha bem com a rotação de cultura. No caso daquele país, o processo inclui soja/aveia/trigo. “Aqui, o clima é favorável, falta dinheiro”.

A estação experimental do PMA que pesquisa a rotação de cultura está localizada em Itiquira, em uma área de 68 hectares, com cinco áreas de produção. As experiência incluem a rotação entre milho/braquiara, braquiara/braquiara, soja/milheto, algodão/algodão, algodão/milheto, soja/milho/braquiara. Esta última está sendo verificada por conta da demanda no processo de integração lavoura/pecuária (ILP). Nesse caso, depois que saem os grãos, fica a braquiara e o gado é introduzido na área entre julho e outubro.

Em Mato Grosso, a rotação que se faz hoje é basicamente soja/milho. Mesmo assim, a diferença é muito grande. Enquanto são plantados 6 milhões de hectares de soja, há somente 2 milhões de ha de milho.
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MT em Foco

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