Uso de dejetos na produção de suínos, aves e bovinos leiteiros gera rentabilidade nas proprierades em MT

Publicado em 06/05/2010 10:07
A utilização de dejetos de criação de suínos, aves e bovinos leiteiros é uma prática que precisa ser expandida no Centro-Oeste como ganho de rentabilidade de insumo na agropecuária e material para produção de energia. Os resíduos agropecuários de uma propriedade devem ser a base de matéria orgânica na integração da produção de grãos como milho, e forragens para bovinocultura de corte e de leite. A orientação de estudos científicos foi recomendada pelo pesquisador aposentado da Embrapa Milho e Sorgo (MG) e consultor de agronegócio, professor Egídio Arno Konzen, durante o último dia do Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec), em Cuiabá.

"É transformar o dejeto, passivo ambiental, em insumo agrícola e ativo ambiental. O insumo que existe na propriedade evita importação do químico, oriundo do petróleo". Segundo suas pesquisas, que incluem um mestrado em Zootecnia, a gestão sustentável dos resíduos de animais (cama de frango, chorume) pode significar uma produtividade em termos de 25% a 68% comparado ao uso de fertilizantes químicos, sem se quantificar os benefícios de proteção ambiental e os efeitos benéficos da adubação orgânica no solo.

O professor Konzen explicou um caso concreto de uma propriedade em Sorriso (420 Km de Cuiabá), produtor de milho, soja e granjas de suínos. Na safra 2008/2009, um produtor local obteve rendimento de 150 sacos de milho por hectare com a utilização de 2 toneladas de cama de frango e biofertilizante, na razão de 100 metros cúbicos. A proporção de adubação resultou em 340 quilos dos nutrientes Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK).

O produtor não utilizou adubo químico pela combinação de manejo, tratamento e destinação dos dejetos da criação de suínos e de aves que tem. Na contabilização de custos, comenta Konzen, o adubo orgânico custou cerca de R$ 200 por hectare, quando no modo convencional, com fertilizantes químicos, gastaria R$ 680 com o mesmo composto de nutrientes NPK. A economia, no caso concreto demonstrado por ele é de 240%. O consultor informa que a produção de suínos, aves e de leite em operação e os a serem implantados nos próximos anos geram 22,9 milhões de toneladas de dejetos por ano.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
A Gazeta

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário