CE: Seca Verde gera preocupação
Neto Nunes que é presidente da Comissão de Agropecuária, Recursos Hídricos e Minerais da Casa informou que esteve reunido na última quarta-feira, com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, juntamente com representantes de órgãos como a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), dentre outros, discutindo a situação da seca verde.
De acordo com o parlamentar, o ministro foi bem sensível ao problema no Estado, que segundo Neto Nunes, atinge não somente aos agricultores, mas também aos criadores. Além do ministro, a comissão também esteve reunida com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alexandre Magno, a quem foram dirigidas duas reivindicações: baixar o preço do milho e reduzir a burocracia da Conab no cadastro dos animais.
Economia
Em relação ao milho o deputado Cirilo Pimenta (PSDB) destaca ser um problema sério. O tucano aponta que a economia rural cearense tem na sua sustentação maior duas atividades, a plantação do milho e gado de leite e, de acordo com ele, uma complementa a outra.
A deputada Rachel Marques (PT) informou que durante a audiência entre o governador Cid Gomes e lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a seca verde também foi discutida. A parlamentar destaca que os sem-terra propuseram ações para gerarem renda e trabalho de maneira permanente para aqueles que vivem no campo, como os quintais produtivos, onde se cultiva horta e pomares. Segundo a parlamentar, o Governo Federal vai liberar R$ 20 milhões para esse projeto.
Mas além da seca verde, outra notícia chamou a atenção dos deputados, a inadimplência de 96 municípios do Estado, dos 172 que estão inscritos para receberem o Seguro Safra.
Nelson Martins, líder do Governo aponta que esse dado é preocupante, pois há no Ceará, 290 mil agricultores inscritos no Seguro Safra, e pela média de chuvas que tem caído no Interior cearense, tudo indica que teremos perda de safra superior a 50%, mas os agricultores só serão beneficiados se os municípios estiverem em dia com a contribuição para o seguro.