Vacinação contra aftosa deve ser prorrogada no PR

Publicado em 01/06/2010 16:30
Falta de vacinas no mercado paranaense atrapalhou a campanha; pedido de status de área livre da doença sem imunização pode ter retraído a oferta
A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimeto (Seab) aguarda para hoje (1/6) a autorização do Ministério da Agricultura (Mapa) para prorrogar a campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa até o dia 12 de junho. O prazo para vacinar o rebanho bovino se encerraria ontem em todo o País, mas no Estado a falta de vacinas no mercado atrapalhou esse planejamento. Segundo levantamento feito por técnicos da Divisão de Sanidade Animal (DSA), da Seab, a defasagem é de 200 mil doses, o que corresponde a aproximadamente 5% do rebanho a ser imunizado.

Marco Antônio Teixeira Pinto, diretor do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis), acredita que a falta de produto no mercado tem relação com o pedido do Estado feito ao Mapa para ser reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação. "Isso fez com que o mercado retraísse a oferta para depois não ficar com o produto em estoque", analisa Teixeira Pinto. Ele afirma que o Mapa não deverá ser contrário à prorrogação da campanha de vacinação no Paraná porque a medida já foi necessária em anos anteriores, por conta da chuva ou de falta de produto, e não houve problemas.

O diretor do Defis afirma que mais 12 dias serão suficientes para vacinar todos os animais que faltam. Segundo ele, técnicos que atuam no interior já estão contatando distribuidores e laboratórios para que viabilizem as doses necessárias aos produtores nas regiões onde foram constatadas falta de vacina. "É importante ressaltar que os produtores que ainda não conseguiram adquirir a vacina informem a Secretaria da Agricultura para não correrem o risco de ser penalizados mais tarde"", explicou.

Para cada animal não vacinado o produtor poderá ser multado em R$ 90,05, além de ter que vacinar posteriormente o rebanho. A dose da vacina custa, em média, R$ 1,50. Teixeira Pinto também alerta que os produtores que têm animais acima da idade de vacinação precisam declarar seu rebanho nesse período, sob pena de serem multados. Os valores são os mesmos para quem não vacina os animais.

A campanha de vacinação contra aftosa começou no dia 1º de maio e tinha como prazo de encerramento essa segunda-feira. A Seab ainda não tem os dados de quantos animais foram vacinados. Os números só devem sair daqui uns 30 dias. Porém, nessa etapa, a Seab previa imunizar 4,6 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos jovens (animais de zero a 24 meses).

No País

Nota enviada pelo Mapa ontem informava que a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa havia terminado em 18 estados, incluindo o Paraná, e o Distrito Federal. Segundo o Mapa, nesses estados o rebanho está estimado em 153 milhões de animais.

No Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná e São Paulo apenas os bois e búfalos com até 24 meses de idade precisaram ser vacinados nesta etapa. Em Mato Grosso do Sul, os produtores do Pantanal puderam optar pela vacinação em maio de todos os bois e búfalos e, na região do Planalto, a dose foi obrigatória apenas para os animais com menos de dois anos. Nos outros estados, a campanha foi direcionada a todo o rebanho. No ano passado, o Mapa registrou cobertura vacinal média superior a 97% na etapa equivalente a esta.

A vacinação dos animais é uma das estratégias que o Ministério da Agricultura adota para obter reconhecimento de todo o País como área livre de febre aftosa com vacinação até o final deste ano.
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Fonte:
Folha de Londrina

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