Vigilância Sanitária fecha mais quatro laticínios no Sul de Minas
Nenhuma das indústrias possui equipamento adequado para a pasteurização do leite. Os laticínios interditados são: São Sebastião, Mogi, São Luis e Queijo Silva. Os proprietários dos cinco laticínios firmaram um (TAC) Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, em que, para poder voltar a fabricar queijos, se comprometem a fazer adequações sanitárias dentro de um prazo de seis meses e conseguir registro do IMA e do SIF, Serviço de Inspeção Federal.
O caso
A interdição dos laticínios aconteceu depois de uma inspeção do IMA em conjunto com o Ministério Público, em laticínios da cidade na última semana. O dono do laticínio Mill, de Borda da Mata, foi preso na semana passada acusado de adulteração de leite. As primeiras suspeitas surgiram quando crianças da creche que recebia o leite começaram a passar mal e a recusar o produto. Duas análises do leite da marca Mill, feitas no Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas, interior de São Paulo, acusaram a adição de água oxigenada no produto.
Ronaldo Domingos Marinelli, de 37 anos foi preso na segunda-feira . O laticínio vende leite para Borda da Mata e várias cidades do Sul de Minas. A prefeitura comprava de 3 a 4 mil litros de leite por mês que eram distribuídos para funcionários da prefeitura, na creche e em um programa da Secretaria de Assistência Social que doa leite a pessoas carentes da cidade. O advogado de Ronaldo Domingos Marinelli entrou com um pedido de liberdade provisória, que até agora não foi aceito pela Justiça.
Laticínio liberado
O laticínio Sabor de Minas, também de Borda da Mata, chegou a assumir o fornecimento, mas uma primeira amostra coletada da marca também acusou a adição de peróxido de hidrogênio. Mas em uma segunda análise esse resultado não foi comprovado. O laticínio, que foi interditado há dez dias, vai poder voltar a funcionar assim que concluir as adequações determinadas pela Vigilância Sanitária.