"Interação", uma alternativa a eventuais fusões e aquisições
Segundo Koslovski, há bons exemplos nesse sentido, como o uso de cooperativas médicas e de transporte pelo sistema e também a utilização de estrutura portuária e industrial como meio de agregar valor e complementar a atuação umas das outras. Ele também tem defendido que cooperativas que apresentem projetos conjuntos tenham maior volume de financiamentos via Prodecoop, para industrialização ou infraestrutura.
"Se puder manter a individualidade, é bom", defende. "Quando uma ou outra cooperativa entrar em dificuldade, queremos ter condições de achar uma solução em cooperação". O executivo lembra que 2009 foi um ano difícil para o agronegócio, devido a problemas climáticos e de queda nos preços dos produtos. "A tendência pode ser diminuir o número de cooperativas, mas vai depender do que queremos na prática. O que queremos é a aglutinação econômica".
Ele argumenta que não é possível comparar a realidade local com o que ocorreu nos Estados Unidos, que tem economia diferente, e acrescenta que aqui há questões políticas envolvidas. "As prefeituras não querem perder uma cooperativa", cita. "Não damos foco a grandes fusões. A dificuldade de uma ou outra não indica que o sistema está com problemas", afirma, ao citar que nove cooperativas agropecuárias do Paraná têm receita anual superior a R$ 1 bilhão.
Koslovski está otimista em relação a 2010 e os próximos anos. "As exportações cresceram 28% no primeiro trimestre", informou. O aumento da industrialização está no foco da Ocepar. "Queremos atingir, até 2015, 50% do processo agroindustrial do Paraná. Hoje estamos com 35%", conclui.