Ponta Grossa/PR: Região recebe misturadora de fertilizantes para atrair produtores
"Temos um grande problema naquela região que é a falta de chuvas", observa Rosas, produtor de soja, milho e feijão, atual vice-presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais.
O governo mineiro e a Vale sabem que apenas o suporte financeiro oferecido pelo Banco do Brasil, que disponibilizou R$ 200 milhões em crédito aos agricultores interessados em Minas, e a oferta de infraestrutura não são suficientes para atrair produtores de regiões consolidadas como as paranaenses Cascavel, Londrina e Maringá, às gaúchas Erechim, Ijuí e Passo Fundo.
Fertilizantes
É para flexibilizar a posição de agricultores como Rosas, contudo, que um dos argumentos será o de que o Terminal de Pirapora deve ganhar uma misturadora de fertilizantes. "O complexo é suficiente para receber uma misturadora e o governo de Minas está empenhado em conversar com as empresas para criar essa opção", diz o diretor de comercialização de logística da Vale, Marcello Spinelli.
A unidade abriria espaço para uma maior utilização do corredor da Ferrovia Centro Atlântica. "Seria interessante, porque o Porto de Tubarão tem capacidade para receber a matéria-prima (entre elas, fosfato produzido pela Vale no Peru), utilizando a logística reversa, ou seja, sai o grão e volta o fertilizante ", diz.
Para o agricultor paranaense, que já desenvolveu atividades no Maranhão, uma das novas fronteiras agrícolas do país, a unidade de fertilizantes pode ser um incentivo consistente para fazer o noroeste mineiro entrar no mapa de interesse do setor agrícola brasileiro como opção viável. "O solo é como um guarda-roupas e é preciso saber o que cabe nele, ou seja, se a terra é fértil para produzir. A produção de alimentos será o grande gargalo do mundo, o que vai tornar novas fronteiras viáveis", avalia Rosas.