Cai inadimplência do agronegócio
Segundo Vaz, dos R$ 70 bilhões que o banco tem aplicados no setor, apenas R$ 10 bilhões foram contratados antes de 2007, quando a agropecuária brasileira iniciou sua recuperação, ou foram prorrogados por dificuldades de pagamento por parte dos produtores. “Se pegarmos só os R$ 60 bilhões, a inadimplência era de 1,8% em no final de junho deste ano, de 2% em dezembro [2009] e de 2,2% em setembro”.
A grave crise que atingiu o setor antes de 2007 se deu, em boa parte, devido ao câmbio. Os agricultores plantaram a safra 2004/05 com alto custo atrelado ao dólar (cotado na época em R$ 3,10) enquanto a comercialização se deu com preços em baixa e câmbio desfavorável (dólar cotado em R$ 2,60). Na safra 2005/06, o problema se repetiu, com o dólar a R$ 2,50 no momento do plantio e entre R$ 2,06 e R$ 2,20 na hora da venda.
Para reduzir cada vez mais a inadimplência, o banco está investindo em mecanismos de proteção para o produtor. Além do seguro contra problemas climáticos, o Banco do Brasil deve ampliar a atuação em operações de mercado futuro, nas quais os agricultores pagam uma taxa para garantir a comercialização da safra a um preço pré-determinado.