Agronegócio tem prejuízos com as constantes queimadas

Publicado em 26/08/2010 09:22
Os focos de queimadas pelo Estado atingem propriedades rurais e causam prejuízos à produção do Agronegócio. Os danos ainda não foram calculados, mas na cidade com maior índice de foco de calor, Tangará da Serra, o assentamento Antônio Conselheiro foi atingido e a prefeitura está desembolsando recursos para recuperação do pasto e cestas básicas para ajudar no sustento das famílias. Em Marcelândia, cidade atingida pelo fogo no último dia 08 de agosto, 13 indústrias madeireiras foram destruídas totalmente e 17 delas parcialmente, além disso, 96 famílias estão desabrigadas depois que suas casas viraram cinzas. Até o momento, desde o início do ano, Mato Grosso registrou 78,679 mil focos de calor e é líder nacional em queimadas.

Pelo interior do Estado, sindicatos rurais e prefeituras recebem reclamações de produtores que tentam conter os incêndios. Em Juara, norte mato-grossense, o fogo está acabando com os pastos. O produtor e representante da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fernando Conte, afirma que os pecuaristas estão desesperados, visto que já não havia reserva de pasto antes das chamas e agora o fogo tem atingindo também as casas de cochos, local onde os animais se alimentam, maquinários e cercas. "Ainda não perdemos animais, mas não sabemos como iremos alimentá-los".

Em Sinop, o presidente do Sindicato Rural, Ilson José Redivo, diz que situação na cidade não é tão crítica, mas que em virtude da estiagem de 5 meses que atinge algumas regiões próximas, é difícil inibir o fogo. "O problema maior é para controlar, quando o incêndio começa ele se espalha rapidamente", afirma o produtor ao comentar que nas madeireiras o risco de queimadas é maior porque há muito entulho que não pode ser queimado antes e agora ameaça de pegar fogo.

Uma indústria madeireira da cidade de Feliz Natal foi destruída e as pequenas propriedades no entorno estão pegando fogo. Já em Primavera do Leste, o fogo ameaçou a sede da Cargill na última semana, local onde se armazena e faz beneficiamento de grãos. De acordo com o assistente administrativo da empresa, Fettermamn Paro, a brigada de incêndio foi acionada e todos os extintores foram utilizados para evitar que as chamas atingissem o setor de lenhas.

Na cidade de Água Boa, região do Leste do Estado, a prefeitura providenciou o aparelhamento de dois caminhões para auxiliar no combate. O prefeito do município, Maurício Tonhá, explica que todas as reclamações foram atendidas e não há registros de grandes destruições, mas que o fogo continua ameaçando. "Estamos em uma situação na qual tudo nos ameaça, seja a fuligem que sai dos caminhões, o atrito de metais, tudo pode desencadear um grande incêndio".

Ainda não há um levantamento da dimensão financeira do prejuízo em Marcelândia. Segundo a secretária de Meio Ambiente da cidade, Sirlene Juliane, os números estão sendo fechados, mas parcerias com governos estadual e federal vão viabilizar a reconstrução da cidade.

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Fonte:
A Gazeta

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Eu queria saber quem faz a contagem dos "focos" de incêndio. Já são tantos e quando aumentar o número de APP's e as Áreas de Reserva Legal como desejam estes ambientalistas de meia tigela, aí é que o número de focos vai dobrar. Seria muito menos prejudicial se tivessem deixado queimar aos poucos desde o mes de maio. Uma área que queimou numa pegada só nos anos passados, agora com os "cuidados" pegou fogo tres vezes... e foram contabilizados tres focos... entretanto o dano foi o mesmo.

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