Revolução agrícola brasileira contraria expectativas e aponta rumos para países do terceiro mundo

Publicado em 30/08/2010 08:06 e atualizado em 30/08/2010 09:06
Revolução agrícola brasileira contraria expectativas e aponta rumos para países do terceiro mundo apostando em exportações modificações genéticsas e grandes fazendas. Brasil pode se tornar um modelo para países africanos e asiáticos.
A visão dos agro-pessimistas, que acreditam que o mundo caminha para uma era  de escassez de alimentos, aposta em sustentabilidade, pequenas fazendas e  práticas orgânicas, esnobando fertilizantes químicos e monoculturas. Os  pessimistas acreditam em pesquisas agrícolas, rejeitam plantas geneticamente  modificadas e priorizam mercados locais.

As fazendas brasileiras são  sustentáveis, graças à abundância de água e terra fértil.  Mas suas fazendas são muito maiores que as norte-americanas. Fazendeiros vendem  suas colheitas numa balança que funciona de acordo com os mercados  internacionais. E o país tem uma dependência crônica das novas tecnologias. O  progresso brasileiro tem sido freado pela pesquisa agrária e estimulado por plantas geneticamente modificadas. Hoje, o Brasil  representa uma clara alternativa à crença de que – quando o assunto é agricultura – pequeno e orgânico são as escolhas certas.

    Nas últimas quatro décadas, o Brasil deixou de  ser um país importador de alimentos para se tornar um dos maiores  exportadores do mundo. Foi o primeiro país tropical a se juntar à  lista dos principais exportadores que inclui os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália, a Argentina e a União Europeia. Sua alternativa agrária é respeitada por três razões: é  incrivelmente produtiva, visto por muitos como um milagre,  especialmente por ter sido bem-sucedida sem os  subsídios estatais comuns nos Estados Unidos e na União  Europeia.

Além disso, o clima do país é tropical, semelhante ao de países da Ásia e da  África, o que pode servir de incentivo para que países pobres também sejam  bem-sucedidos no mercado agrícola. Por fim, a agricultura brasileira mostra um  possível equilíbrio entre plantações e o meio-ambiente. Os brasileiros são  frequentemente acusados de promover a agricultura através de queimadas que destroem a Floresta Amazônica,porem a maior parte do desenvolvimento aconteceu no cerrado, na região central do país.

Norman  Borlaugh, um dos pais da Revolução Verde, afirma que uma das maneiras de  salvar ecossistemas em perigo é gerar abundância de alimentos em outras  partes, de maneira que ninguém precise destruir as maravilhas naturais. O  Brasil mostra que isso é possível.

A agricultura do país também mostra que as mudanças não virão sozinhas. Há quarenta anos o país enfrentou uma crise no setor rural  e respondeu a ela com firmeza. O mundo começa a enfrentar os primeiros sinais de  uma crise alimentar. Talvez devessem aprender
com o  Brasil.  

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