Valorização do extrativismo é estratégica para Mato Grosso

Publicado em 02/09/2010 12:34
A valorização do extrativismo é estratégica para Mato Grosso, pois além de gerar renda para agricultura familiar, comunidades tradicionais e indígenas, ajuda a criar uma barreira de contenção do desmatamento ao manter a floresta em pé. Essa é a opinião de Hetel dos Santos, analista técnica do Departamento de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Hetel esteve em Cuiabá representando a coordenação do Plano Nacional da Sociobiodiversidade no Seminário Castanha-do-Brasil na Amazônia Mato-grossense: Políticas Públicas para a Produção Sustentável, que encerrou nessa quarta-feira, 1° de setembro.

“Desde o lançamento do Plano Nacional da Sociobiodiversidade o Estado tem demonstrado interesse em desenvolver o extrativismo e o seminário da castanha consolidou isso”, analisa. “Tivemos representantes de todas as regiões de Mato Grosso e a participação de todos os segmentos da cadeia produtiva da castanha-do-Brasil, demonstrando uma boa articulação e propostas bastante realistas”, complementa a representante do MMA.

Para Hetel, é importante que se incentive a exploração sustentável dos produtos extrativistas que ainda tem muito espaço para crescer. “Mato Grosso é um Estado riquíssimo em biodiversidade e possui três biomas. Fortalecendo a cadeia produtiva da castanha, outros produtos como o cumbaru e o pequi também se fortalecem”, acrescenta.

A gerente da cadeia produtiva da Sociobiodiversidade do MT Regional, Sanny Costa Saggin, acrescenta que o seminário da castanha mostrou o potencial que o extrativismo tem. “Os dados apresentados sobre a produção e os atores envolvidos com toda a cadeia produtiva já surpreendeu apesar de sabermos que ainda há muito o que ser mapeado ainda”, avalia. Dados oficiais da produção da castanha-do-Brasil no Estado apontam que em 2008 foram produzidas 1.430 toneladas envolvendo mais de 700 famílias na produção. No entanto, como o extrativismo é uma atividade ainda muito informal, o cenário real pode ser bem superior.

Para se ter uma ideia, estima-se que em Itaúba (600 km ao Norte de Cuiabá), cerca de 300 famílias estejam envolvidas com a produção de castanha, atividade que a prefeitura local fortalece e pretende transformar o município em referência na extração do produto. Por isso investe na capacitação dos coletores e uma agroindústria para atender as associações do município deve ser instalada em breve. “Temos um caminho inteiro a percorrer, mas o nosso objetivo é que a nossa castanha seja certificada para alcançar mercados de outros estados e para exportação”, acredita Rosana Rebussi, vice-prefeita de Itaúba. Atualmente a comercialização da castanha é informal. De acordo com a vice-prefeita, 60% da produção é vendida a atravessadores e o restante é vendida diretamente pelos coletores em barracas a beira de rodovias.

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Sema/MT

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