Safra 2011: sem chuva, plantar é arriscado

Publicado em 21/09/2010 18:49
Começar o plantio de soja antes das primeiras chuvas pode ser arriscado e gerar perdas futuras. O alerta foi feito ontem pelo superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio.

Com o fim do vazio sanitário no último dia 15 de setembro, o plantio do grão em Mato Grosso está autorizado, mas os produtores, cautelosos, ainda não começaram a semear. Em 2009, até o dia 24 de setembro, 2,1% das lavouras já estavam semeadas, segundo dados do boletim semanal do Instituto.

E, se depender das previsões, este ritmo tende a continuar lento. Segundo previsão da Somar Meteorologia, as chuvas no Estado realmente devem começar somente entre a primeira e segunda quinzena de outubro. “O produtor tem de ver se acha que o clima está bom. Se as perspectivas de chuvas estiverem boas pode se começar a plantar”, comenta Celidonio, dizendo que o processo de plantio é mais acelerado. “O plantio é mais rápido de se fazer do que a colheita. A primeira soja esperamos colher na segunda quinzena de dezembro”.

De acordo com Celidonio, o algodão deverá começar a ser plantado no começo de dezembro, assim como o milho. “O plantio do milho deverá começar em dezembro, contudo será muito pouco, pois seu plantio deslancha mesmo é em janeiro e fevereiro”.

Exportações - As exportações de soja em agosto registraram queda de 56%, ante ao mesmo período de 2009. No mês, os embarques alcançaram 409,8 mil toneladas, contra 921,8 mil toneladas no ano passado. Volume ficou abaixo da comercialização entre março e maio,
quando foram enviadas as maiores remessas do grão ao exterior. Os dados fazem parte do boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado ontem. De acordo com o levantamento, no acumulado do ano até agosto as exportações de soja somaram 8,03 milhões de toneladas de soja, sendo 18% menor que o mesmo período no ano anterior, porém ainda ganha de 2008, no qual foram embarcadas 7,07 milhões de toneladas.

Ao comentar os dados da exportação na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, atribuiu a queda à menor quantidade de soja no mercado e também à industrialização do grão no mercado interno.

Quanto ao milho, das 1,18 milhão de toneladas exportadas em agosto de 2010, 803 mil toneladas eram provenientes de solo mato-grossense, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), pertencente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Tal participação de Mato Grosso nas exportações do milho é considerada a maior da história no mês de agosto. Ao todo, as 803 mil toneladas equivalem a pouco mais de 67% dos embarques brasileiros.
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Fonte:
Folha do Estado

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