Vice-presidente do PSDB diz que teve seus dados violados também no Banco do Brasil

Publicado em 28/09/2010 16:22




O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, diz que teve sua conta acessada no Banco do Brasil sem motivação profissional aparente por duas vezes, segundo a Folha apurou. Ou seja, além da quebra de seu sigilo na Receita Federal, tudo indica que ele também teve seus dados bancários violados no BB.

"Essas informações apenas confirmam que os acessos aos meus sigilos foram uma coisa organizada e orquestrada", disse ele, ao ser procurado pela reportagem.


Alan Marques/Folhapress
Vice-presidente do PSDB diz que seus dados também foram violados no BB
Vice-presidente do PSDB diz que seus dados também foram violados no BB

Conforme a Folha revelou em junho, a chamada "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência levantou e investigou dados fiscais e financeiros sigilosos do dirigente tucano.

O grupo obteve informações de uma série de três depósitos na conta de EJ no BB no valor de R$ 3,9 milhões, além de cópias de cinco declarações de Imposto de Renda do dirigente tucano. Segundo a Polícia Federal e a Receita, que abriram investigações com base nas revelações feitas pela Folha, os dados fiscais de EJ foram violados numa agência do fisco em Mauá (SP).

Esses papéis integravam um dossiê elaborado por um time de espionagem que começava a ser montado com o aval de uma ala da pré-campanha de Dilma. Um dos depósitos foi feito em janeiro deste ano.

O BB informou à PF e ao Ministério Público Federal cinco acessos à conta de EJ.

O vice-presidente do PSDB disse à Folha que só reconhece motivação em três das consultas, ou seja, as outras duas não teriam razão profissional. Um dos acessos considerados imotivados ocorreu na Região Metropolitana do Rio, em março deste ano. O outro, também em março, foi na agência onde ele mantém conta, em Brasília.

Segundo o jornalista Reinaldo Azevedo (ver blog ), "os tais R$ 3,9 milhões referem-se à partilha de herança familiar, devidamente documentada — inclusive na declaração de Imposto de Renda de Eduardo Jorge, que também foi violada".

Ministério Público pede cassação da candidatura de Collor


O Ministério Público Eleitoral de Alagoas apresentou hoje um pedido cassação do registro da candidatura de Fernando Collor de Melo (PTB) ao governo do Estado e sua inelegibilidade por suposto abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

A ação de investigação judicial feita pelo contra o candidato alega que a empresa de pesquisa Gape, que pertence à família de Collor, fraudou o levantamento eleitoral divulgado no dia 24 de agosto. A ação atinge também o vice na chapa, Galba Novaes (PRB).

A pesquisa mostrava que Collor tinha 38% das intenções de voto, enquanto a pesquisa Ibope, feita no mesmo período, dava 28% das citações ao petebista.

Após a divulgação dos resultados, o procurador regional eleitoral, Rodrigo Tenório, autor da ação, abriu inquérito para apurar a diferença entre os resultados das duas pesquisas. Segundo a apuração, o levantamento do Gape não representou fielmente o eleitorado alagoano na amostra pesquisada.

De acordo com a ação, o Gape aumentou a amostra de entrevistados que ganham até um salário mínimo, grupo em que Collor tem melhor resultado, em detrimento de outros grupos.

Por exemplo, de acordo com o Censo de 2000 do IBGE, 23,24% da população de Arapiraca recebem até um salário mínimo. Na pesquisa Gape, esta parcela da população representava 76,32% dos entrevistados.

A ação deverá ser julgada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas.

A pesquisa Gape, assim como a do Ibope, foi encomendada pelo jornal "Gazeta de Alagoas", que tem Collor entre os sócios.

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Folha on line

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