Serra nega desvio em sua campanha e acusa Dilma de criar factoide

Publicado em 12/10/2010 17:45 e atualizado em 12/10/2010 18:41

Serra nega desvio em sua campanha e acusa Dilma de criar factoide


O candidato tucano à Presidência, José Serra, classificou de “factoide” a informação de que o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Paulo Vieira de Souza,  também conhecido como Paulo Preto, teria desviado uma doação de  4 milhões de reais para sua campanha. “É absolutamente falso. O Paulo Souza não está trabalhando na área de finanças da campanha”, afirmou o presidenciável tucano. Para Serra, a informação foi divulgada por Dilma com o objetivo de prejudicá-lo.

A acusação foi feita por Dilma Rousseff (PT) no debate da TV Bandeirantes. Na ocasião, o tucano não respondeu à afirmação da rival. Nesta terça-feira, em entrevista à Folha de S. Paulo, Souza pediu que Serra se posicionasse para esclarecer o episódio.

Em Aparecida (SP), onde assistiu a uma missa em celebração ao dia da padroeira do Brasil, o candidato também falou em religião. Afirmou que a entrada do tema na campanha presidencial ocorreu por uma demanda da sociedade, e que a discussão é legítima:

“Quem vai para a presidência tem um papel de exemplo para a sociedade. Os valores  acabam aparecendo”.

Ao prometer a criação do programa Mãe Brasileira, de acompanhamento pré-natal na rede pública, Serra também voltou a se referir indiretamente ao aborto. “Para mim, a criança ocupa um lugar central numa política de governo. Até mesmo antes de nascer”, declarou.

O tucano disse ser contra a retirada de símbolos religiosos em repartições públicas. Afirmou que, se a medida se aplicasse, seria necessário remover primeiro o Cristo Redentor. Serra aproveitou a oportunidade para bater no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), que prevê o banimento de símbolos religiosos de órgãos públicos: “É uma coleção de absurdos”.

Marina - Enquanto aguarda o posicionamento da senadora Marina Silva e do Partido Verde sobre o segundo turno, José Serra afirmou que não fará pressão em busca de apoio. “Eu tenho uma atitude de comedimento, de respeito. Você não pode assediar um partido ou uma pessoa da impotância dela”, afirmou. O tucano lembrou, no entanto, que há uma proximidade entre PSDB e PV em alguns estados.

Missa - Em Aparecida, Serra assistiu à missa solene pelo dia da padroeira do Brasil. O vice da chapa, Indio da Costa (DEM), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acompanharam o presidenciável. Diferentemente do que fez Dilma Rousseff no dia anterior, Serra comungou.

Durante a missa, a mulher de Serra, Monica, foi chamada ao altar para receber uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. A réplica  deve ser entregue por ela aos 33 mineiros presos na mina de San Jose, no Chile – país natal da mulher do candidato. Geraldo Alckmin também participou da celebração. Católico, o governador eleito fez a leitura de um trecho do livro de Ester.

Cerca de 30 mil pessoas participaram da celebração. Ao todo, 150 mil devem passar pelo Santuário durante esta terça-feira.

Julia Duailibi, (O Estado de S. Paulo)


Serra participou de missa para Nossa Senhora Aparecida nesta terça-feira

O candidato do PSDB, José Serra, classificou nesta terça-feira,  como “fantasiosas” as informações de que o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza teria arrecadado R$ 4 milhões para a campanha presidencial do PSDB e depois desaparecido com o dinheiro.

Durante o debate da Band de domingo passado, a candidata do PT, Dilma Rousseff, mencionou o engenheiro ao citar que ele “fugiu” com recursos supostamente arrecadados para custear a campanha tucana, conforme publicou reportagem da revista IstoÉ, em agosto.

O tucano negou que o ex-diretor da empresa, um dos responsáveis pelas obras do Rodoanel na sua gestão no governo paulista, tenha arrecadado dinheiro com empresários. Defendeu-o dizendo que se tratava de um funcionário “competente”.

“Isso não é verdade. Ele não fez nada disso, ele é totalmente inocente nesta matéria”, disse o presidenciável, após participar de missa na Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo.

“O senhor Paulo Souza era diretor da Dersa. Entrou na Dersa em 2006. E deixou a Dersa quando entrou o novo governador (Alberto Goldman). A relação que eu sempre tive com a Dersa, com a área de transportes, era através do secretário ou do presidente da empresa. Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”, declarou o candidato.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta terça, o ex-diretor da Dersa fez ameaças veladas ao PSDB e cobrou que o candidato o defendesse das acusações de Dilma. “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”, declarou Souza, conhecido como Paulo Preto.

Serra disse que a informação é um factoide, feito para “pegar a imprensa”. “Alguns funcionam, como este que estamos vendo agora. Vai fazendo uma tempestade não num copo, mas num cálice de água”, disse o tucano. “Portanto é um assunto que não tem pé nem cabeça, do ponto de vista de achar que isso explica A, B ou C. Isso é completamente ridículo”, completou.


Em Aparecida, Serra defende ex-diretor da Dersa acusado por Dilma de desviar R$ 4 mi


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, saiu nesta terça-feira em defesa do ex-diretor de engenharia da Dersa (estatal paulista responsável por obras viárias) Paulo Vieira de Souza.

Conhecido como Paulo Preto, ele foi citado pela candidata Dilma Rousseff (PT) no último domingo, durante debate na Band. Dilma afirmou que ele desviou R$ 4 milhões originalmente destinados para a campanha de Serra.

Em entrevista publicada hoje pela Folha, Paulo Preto, exonerado da Dersa em abril, afirma que Serra o conhece e, em tom de ameaça, diz que "não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada". "Não cometam esse erro", afirmou.

Danilo Verpa - 30.mar.2010/Folhapress
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa

Após participar de missa solene em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, na Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida (SP), Serra minimizou a importância do caso, disse não ter lido as declarações do ex-diretor e afirmou que "a acusação contra ele é injusta" e que o engenheiro é "totalmente inocente".

"Acho curioso dar ao fato uma importância que de fato ele não tem", disse Serra. "A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza."

Perguntado, Serra não respondeu se conhecia efetivamente Paulo Preto. "Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo", disse.

O tucano afirmou que não falou sobre o assunto durante o debate porque a afirmação de Dilma foi feita numa tréplica a que a candidata tinha direito. A acusação de Dilma, baseada em reportagem da revista "IstoÉ", foi reproduzida em seu programa eleitoral na TV.

O candidato tucano insinuou que, ao jogar na campanha o nome de Paulo Preto, Dilma buscou desviar a atenção em relação às denúncias de lobby na Casa Civil.

"O curioso é que Dilma está preocupada com problemas internos da nossa campanha quando a nossa preocupação é com o destino do dinheiro da Casa Civil, dinheiro público, dinheiro dos contribuintes. Não é dinheiro que algum empresário doou para uma campanha", afirmou Serra.

O tucano acusou Dilma e o PT de produzir um "factoide para pegar na imprensa". "Estão fazendo uma tempestade não é num copo, é num cálice de água", disse.

Serra também negou relação entre o caso e a ausência, na missa, do senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). A filha de Paulo Vieira de Souza emprestou R$ 300 mil a Aloysio, quando o tucano ainda chefiava a Casa Civil do governo Serra, para a compra de um apartamento.

"Isso aí é uma coisa de relações pessoais. Não vejo nada de especial nisso", disse Serra.

MISSA

Serra esteve hoje de manhã à missa solene em homenagem à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o vice de Serra, Indio da Costa (DEM), também acompanharam a missa.

O tucano, acompanhado da mulher, Mônica, foi muito assediado e chegou a ser citado no início do sermão do cardeal arcebispo de Belo Horizonte, dom Serafim Fernandes Araújo, que celebrou a missa, acompanhada por cerca de 35 mil fieis, segundo a direção da basílica.

Após a homilia, foi pedido que os fieis orassem "para que os eleitores votem com consciência e que os eleitos atendam os anseios de paz, justiça e desenvolvimento de todos os brasileiros".

Em seguida, Mônica Serra foi chamada ao altar para receber uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, que será levada por ela aos mineiros soterrados no Chile, cujo resgate deve começar hoje à noite.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Veja.com/Estadao/Folha

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário