É claro que Lula vai correr do confronto com FHC; é língua solta, mas não é burro

Publicado em 15/10/2010 17:16 e atualizado em 15/10/2010 21:40

É claro que Lula vai correr do confronto com FHC; é língua solta, mas não é burro

É claro que Lula não vai aceitar o debate com FHC quando encerrar o seu mandato. A razão é simples: ele não topa o confronto em igualdade de condições. Já imaginaram o “sociólogo” a dizer ao “operário”: “Não, Lula! É mentira que você expandiu as universidades federais como você diz. Você também não criou 14 universidades, mas desmembrou as que existiam. Não, Lula, não houve expansão. Formam-se hoje menos alunos nas federais do que quando eu era presidente”.

Imaginem isso dito cara a cara, com os dados objetivos nas mãos, sem a máquina publicitária oficial do petismo para fraudar a verdade. Penso em FHC com uma cópia da ação que  o PT moveu contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou com uma síntese de todas as ofensas de que foi alvo quando criou o Proer, que saneou os bancos brasileiros. Antevejo Lula confrontado com o seu discurso durante a implementação do Plano Real…

Lula não sobrevive, evidentemente, sem a mistificação estúpida que o acompanha desde quando era sindicalista. Confrontado com os fatos, constataríamos a brutal quantidade de bobagens que este senhor já disse e fez. Ele é, por exemplo, o verdadeiro autor da tese de que programas sociais direcionados, como Bolsa Família, não passam de esmola.

As críticas de Lula a FHC só prosperam na covardia: a luta da máquina oficial contra um só indivíduo. Em igualdade de condições, o petista não topa o confronto. O resultado, ele conhece de antemão.

Por Reinaldo Azevedo
A candidata Dilma discursa em Sergipe com boné do MST

A candidata Dilma discursa em Sergipe com boné do MST

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, acaba de ganhar um apoio importante: o MST e seu braço internacional, a Via Campesina — que espalha os métodos do movimento América Latina afora  (menos na Venezuela e em Cuba…) — decidiram se engajar para valer na campanha petista. É um apoio que a candidata recebe de bom grado, como se vê na fato acima.

Não faz muito tempo, João Pedro Stedile, o chefão do MST, admitiu em entrevistas que, com Dilma, as invasões de terra serão facilitadas. É compreensível a mobilização, não é mesmo? O governo também repassa recursos milionários ao movimento, que não existiria sem o apoio oficial. Nesta manhã, a propósito, cerca de 150 integrantes do movimento invadiram a superintendência estadual do Banco do Brasil, que fica no RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto (SP). São os moderados.

Estes são os métodos dos aliados incondicionais de Dilma.

Por Reinaldo Azevedo

Invasor de terra está com Dilma, e produtor agrícola está com Serra, diz Kátia Abreu

Na Agência Estado:
Enquanto o Movimento dos Sem Terra (MST) e a Via Campesina apóiam a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, a grande maioria dos produtores agrícolas do país quer o candidato do PSDB, José Serra, no governo. É o que afirma a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
(…)
Para a senadora, nunca houve dúvidas quanto à ligação de ambos [MST e Via Campesina] com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata. Kátia cita como prova dessa ligação as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) de condenar a liberação de recursos públicos “utilizados pelo MST para invadir terras” e as vezes em que Lula e Dilma posaram para fotos usando o boné dos sem-terra. Foi - acredita - uma clara demonstração de que a candidata “veste a idéia de patrocinar invasões com o dinheiro do contribuinte”. “Eles [MST e Via Campesina] são petistas”, afirma. “Fizeram tudo o que era esperado neste segundo turno da eleição presidencial”, acrescentou.
(…)
De acordo com a senadora, a CNA está impedida, pelo seu estatuto, de se envolver em política partidária. “Agora eu, como parlamentar, posso garantir que a grande maioria dos produtores vai votar em José Serra porque não agüenta mais tantas indefinições na política fundiária, ambiental e agrícola do País”. “E é a insegurança jurídica que traz o encolhimento da produção, impedindo o País de avançar numa das áreas mais importante da produção”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Por Simone Iglesias, na Folha:

Novamente, nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de despachar no Palácio do Planalto para gravar, em horário de expediente, participação no programa eleitoral de TV da candidata Dilma Rousseff.

Lula está desde às 9h40 no estúdio de gravação da petista e não foi ao Planalto.Na tarde de sexta-feira passada, o presidente cancelou compromissos institucionais para gravar.Na agenda oficial, Lula teria nesta manhã apenas “despachos internos”, mas até ontem havia previsão de que viajasse a Chapecó (SC) para inauguração da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó.

COORDENAÇÃO
Antes de entrar no estúdio, Lula fez uma reunião com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e com Antonio Palocci, para discutir estratégias para os últimos 15 dias de campanha.

Lula pediu maior mobilização e empenho da militância petista e de vereadores, prefeitos e deputados.”Estamos partindo para o processo de chamamento. A militância do PT faz a diferença”, disse Dutra ao deixar a reunião.

POPULARIDADE
Lula, que apareceu menos ao lado de Dilma no segundo turno, terá maior presença na TV e em eventos de rua para estancar a queda nas pesquisas de intenção de voto.

Segundo a Folha apurou, os petistas decidiram aumentar a presença do presidente para “mexer com o povão” e ajudar a mobilizar a militância. A campanha também definiu Minas Gerais e São Paulo como Estados prioritários –locais onde o PSDB venceu os pleitos regionais– para evitar que a petista perca votos nos dois maiores colégios eleitorais do país.

(…)
Lula será mais presente, mas sua participação será modulada pela preocupação de ele não ofuscar a imagem de Dilma. Hoje, além de comício de Dilma e Lula na zona leste da capital, há uma reunião de lideranças políticas para articular a ação no interior. Amanhã, Lula e Dilma fazem ato público em Minas, e se encontram com prefeitos na semana que vem.

Por Reinaldo Azevedo

Mandaram-me este vídeo nos comentários. Tem lá a sua graça, não é mesmo?

Por Reinaldo Azevedo

No Dia do Professor, nada como lembrar modelos opostos de educação. Ou: O que que “Manes Rei” aprendeu com “Manes Lula”

Tocado pelos eflúvios do Neomaniqueísmo, doutrina fundada por “Manes Lula”, versão sindical do “Manes Brown”, resolvi confrontar a prática educacional dos “inimigos do PT” com as do petismo.

Em São Paulo, por exemplo, algumas medidas foram implementadas na área, como as duas professoras na fase de alfabetização, a promoção dos docentes por mérito, a premiação para as escolas que cumprirem metas, a escola de professores — essas coisas de que a Apeoesp (o sindicato petista) não gosta.

O que não parece bom para o sindicato, olhem que surpreendente!, parece bom para os alunos. No último exame do Ideb, o desempenho do estado de São Paulo é este:
- No ensino médio - 3º lugar
 
- Nas séries iniciais do ensino fundamental: 2º lugar.
- Nas séries finais do ensino fundamental : 1º lugar

O estado superou com folga as metas estabelecidas pelo governo federal. O partido de Manes Lula administra cinco estados: Acre, Piauí, Pará, Bahia e Sergipe. Só um, o Acre, atingiu a meta.

São Paulo também unificou o currículo das escolas e produz material didático para os alunos e professores. Os petistas e a Apeoesp são contra. E é uma gente muito enfática quando se trata de demonstrar contrariedade. Vejam esta foto.

apeoesp-queima-livrosSão sindicalistas queimando livros didáticos. Vejam ali como a “sociologia” arde no fogo do inferno da regressão ideológica, do atraso, da miséria moral e mental. Com efeito, são dois modelos de educação:
Um modelo produz livros para o povo.
O outro modelo queima os livros do povo.

Um dos modelos, levado ao limite (estamos sob o neomanqueísmo, pô!), remete à Biblioteca de Alexandria; o outro, ao incêndio da Biblioteca de Alexandria. Um é civilização. O outro é barbárie.

Como? Perguntam-me se eu já não teria levado essa imagem ao horário eleitoral? Desde o primeiro dia! Por que não levam? Não sei! É claro que uma campanha eleitoral tem de ser propositiva, apontar o que se fez e o que se pretende fazer. Mas também tem de ser política, deixando claro o que se deve e o que não se deve fazer.

Por Reinaldo Azevedo

Em carta a evangélicos, Dilma diz que “PNDH3 está sendo revisto”. Não é verdade! Ministro já disse que nada mais vai mudar no texto!

Dilma acabou assinando a sua “carta” de compromisso com os cristãos. O melhor é comentar trecho a trecho, como sempre.

Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:
A defesa que Dilma fez da descriminação do aborto não é boato, é fato. Já que ela e seu partido decidiram tocar no assunto, é preciso deixar isso claro de novo. O governo, de que ela foi a grande comandante, atuou firmemente em favor da legalização da prática. Também é fato, não boato.

1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa, assegurada pela Constituição Federal;
Ótimo! Dilma promete seguir a Constituição.

2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto;
A linguagem é um vírus. “Pessoalmente contra”, todo mundo é. Só faltava alguém ser favorável à morte dos fetos. A questão em debate é a descriminaçãoo ou não da prática. Pede a história que este comentário continue com um vídeo. Volto em seguida com a carta e com novas observações.

3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.
É pouco. Se eleita, o governo terá ampla maioria no Congresso para votar o que quiser. Os petistas podem decidir pôr em prática as resoluções de seu 3º Congresso. A defesa da descriminação do aborto está lá, na página 82.

4. O PNDH3 é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família;
O governo já mudou o que achava que deveria mudar no PNDH3. Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, já avisou que, agora, fica tudo como está.  ASSIM, É MENTIRA QUE ELE ESTEJA SENDO REVISTO. Dilma não precisa “promover” nada. Basta que promovam por ela. O PNDH3 fazia a defesa explícita da legalização doa aborto, agora faz a defesa oblíqua: “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde”. Já que se trata de uma carta sobre religião, diria que é uma espécie de texto do capeta (é metáfora, tá, pessoal?), em que o mal se esconde no detalhe. Se o aborto é apenas um problema de saúde pública, então NÃO É UM PROBLEMA que diga respeito à vida do feto. Logo, tudo é possível.

O que Dilma quer dizer com “nenhuma iniciativa que afronte a família”? Ela não toca na união civil de homossexuais, por exemplo. Afronta a família ou não? Tem o mesmo peso do aborto? E a regulamentação — de fato, legalização — da prostituição?  Isso também continua no PNDH3. Observem que a candidata se compromete a não “promover”. Em nenhum momento, diz, por exemplo, que vai lutar contra a descriminação do aborto.

5. Com relação ao PLC 122, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente, será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil;
Mais uma vez, promete respeitar a Constituição. Que bom!

6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der, a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.
Aqui se confundem alhos com bugalhos. Até onde sei, ninguém contestou os programas sociais.

Com estes esclarecimentos, espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada. Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós. Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas.
Dilma Rousseff
Perdendo votos, foi o PT quem inventou o tal “fator religioso”, enroscando-se, depois, na própria teia. Já andei lendo as reportagens sobre a carta de Dilma. Pelo visto, a mentirinha de que o PNDH3 está sendo revisto vai passar em brancas nuvens.

Por Reinaldo Azevedo

Menos um debate

Menos um debate neste segundo turno: o SBT acaba de cancelar o confronto entre José Serra e Dilma Rousseff, marcado para o dia 22. Oficialmente, o SBT diz que a “incompatibilidade das agendas dos candidatos inviabilizou sua realização segundo critérios estabelecidos pela emissora”.

Ou seja, um dos dois candidatos fugiu da raia – ou  os dois fugiram.  De qualquer forma, o SBT vai entrevistar Dilma e Serra, separadamente, é claro, no Jornal do SBT, em data ainda a ser marcada.

Agora, só restam os debates de domingo na RedeTV! e o da Globo, na quinta-feira, dia 28. O da Record, em princípio, está mantido para o o dia 25.

Por Lauro Jardim

Parada estratégica

Sérgio Cabral desembarca amanhã no Brasil depois de alguns dias de descanso pós-eleitoral na Europa com a família. Na terça-feira, reúne lideranças do Rio de Janeiro e começa a ajudar a campanha de Dilma Rousseff no segundo turno.

Por Lauro Jardim

Acertando os ponteiros

Aécio Neves e José Serra conversaram a sós durante quase uma hora ontem no Palácio das Mangabeiras após o mega-evento com os prefeitos mineiros. Acertaram os ponteiros para reta final do segundo turno.

Por Lauro Jardim

O panfleto cor de rosa

Em tom de denúncia, Eduardo Cunha, um dos líderes da turma evangélica de Dilma Rousseff, levou para uma reunião do alto comando da campanha petista uns folhetos que recebeu na missa de domingo passado, na Zona Norte do Rio.

Cunha fora ao templo para pregar por  Dilma e, na porta de entrada, recebeu um folheto cor de rosa, com um arco íris em volta do treze do PT. Era um manifesto a favor da causa gay, supostamente produzido pela campanha de Dilma. Diz Cunha:

- Era um panfleto dos adversários fazendo-se passar por propaganda do PT. Na hora, mandei um e-mail para o Sergio Cabral pedindo que mandasse a polícia para prender a turma por propaganda fraudulenta.

Ninguém foi preso. A polícia não chegou a tempo.

Por Lauro Jardim
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (veja.com

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