Serra distribui elogios a Minas e críticas a Dilma

Publicado em 30/10/2010 15:30

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, se esforçou para ligar sua imagem à de Minas Gerais, em entrevista coletiva concedida neste sábado, na capital mineira. O tucano também lançou críticas sobre o governo Lula e sua adversária, a petista Dilma Rousseff.

O presidenciável disse que “um dos pilares da nossa campanha é a união das forças democráticas”, antes de lembrar que Minas Gerais carrega em sua bandeira o lema “Liberdade ainda que tardia”. Ciente da importância do voto do estado na decisão da disputa, o candidato disse que pretende se tornar “membro honorário da pátria mineira”. E agradeceu o apoio de Aécio Neves, que detém grande popularidade entre o eleitorado de Minas mas só arregaçou as mangas por Serra no segundo turno da disputa presidencial.

Serra também afirmou que, nos últimos 8 anos, o Brasil “andou para trás” em algumas áreas, como a saúde, a segurança e a educação. Ele criticou a proximidade entre Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva e disse que não é possível terceirizar a presidência: “Ninguém governa no lugar de ninguém”. Neste sábado, também em Belo Horizonte, a petista afirmou que irá manter as conversas com o presidente caso vença a eleição.

O tucano voltou a comentar o loteamento político de cargos no governo do PT. “Essa é a base que empurrou o Brasil na ladeira da improbidade”, atacou.

No esforço final para obter votos, Serra não poupou nem os jornalistas. Pediu o apoio daqueles que ainda não escolheram o candidato para a eleição: “Quem votar em mim não vai se decepcionar”.

Aécio – Ao lado de Serra, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) criticou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como cabo eleitoral de Dilama. “Em alguns momentos o presidente Lula foi além de onde deveria”, afirmou o ex-governador tucano.

Ele também ironizou a postura dos adversários no estado. Lembrou que, no primeiro turno, confiantes na vitória de Dilma, petistas e peemedebistas pediam o voto a Hélio Costa (PMDB) contra Antonio Anastasia (PSDB) para governador alegando que, com a eleição da escolhida de Lula, o estado precisaria ter um aliado da Presidência.

“Quero dar aos meus adversários uma oportunidade de serem coerentes”, disse Aécio, e argumentou: agora que Anastasia foi eleito, é preciso colocar na Presidência um aliado do governador.

Dilma diz que, se eleita, manterá conversas com Lula

Um dia antes da votação, a petista Dilma Rousseff (PT) assegurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será uma pessoa ativa em seu governo, caso seja eleita. A petista falou com a imprensa em Belo Horizonte, antes de realizar sua última carreata antes do pleito.

A ex-ministra negou que Lula será nomeado para cargos em ministérios, em um eventual governo Dilma, mas disse que manterá relações com o presidente por confiar em sua capacidade política. “Sempre que puder conversarei com o presidente, terei com o presidente relação muito íntima e muito forte. Não há ninguém nesse país que vá me separar do presidente Lula”, declarou a ex-ministra.

A candidata disse ainda que governará, se eleita, com os partidos que compõem sua coligação, mas sem descriminalizar as outras legendas. Ela disse que se relacionará com a oposição de forma “republicana, transparente e correta”.

Dilma disse ainda não guardar rancor das manifestações realizadas contra ela na internet, o que a petista batizou de campanha “dura e caluniosa”. “Estou com alma leve porque não tenho mágoa”, afirmou.

Assim como José Serra (PSDB), a petista escolheu o estado de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país – para encerrar a campanha eleitoral.

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Veja.com

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