Dólar em baixa reduz força do agronegócio
Segundo o pesquisador, a desvalorização da moeda norte-americana frente ao real é de 40% desde 1999, quando o Brasil flexibilizou o câmbio. Isso significa dizer que a atual taxa cambial de R$ 1,70 estaria em R$ 2,32, o que, para os sojicultores, significaria receber hoje cerca de R$ 10,00 a menos por saca exportada. Uma fortuna, se considerada a projeção da Safras & Mercados de que o Brasil deverá exportar 30,2 milhões de toneladas.
Neste cenário, o especialista Fernando Muraro, da AG Rural, aconselha que o produtor realize um controle rigoroso dos custos e venda antecipadamente pelo menos parte da safra. Mesma realidade se aplica ao milho e ao trigo.
Uma das poucas conse-quências positivas é a queda de preço de matérias-primas importadas. De acordo com o consultor da Fecoagro, Tarcísio Minetto, o câmbio tem impactado principalmente os herbicidas. Já em relação aos fertilizantes, beneficiou somente quem comprou no primeiro semestre do ano.
Para o presidente do Siargs, Torvaldo Marzolla Filho, as variações não são reflexo apenas do câmbio, mas de oscilações do preço em dólar. "Ferrosos e não ferrosos subiram, Muitos deles acima da valorização cambial."