Nova proposta para tirar o Independência da crise
A ideia não é nova. Segundo apurou o Valor, esses credores, que têm dívidas a receber em 2015, negociam com as demais partes envolvidas a separação da empresa em duas, de modo que uma concentre as dívidas - que superam R$ 2 bilhões no total - e outra, saudável, seja liberada para procurar um "parceiro estratégico", obter recursos e retomar as operações.
Sem capital de giro e com dificuldades em adquirir animais para abate, a companhia, que está em recuperação judicial desde 2009, paralisou totalmente as atividades na primeira quinzena de outubro, como já informou o Valor.
Caso o plano seja aprovada pela Justiça e pelos credores em geral, inclusive pecuaristas, e um parceiro seja atraído para a empreitada, o Independência poderia, em um primeiro momento, retomar as operações em quatro plantas de abate e duas de couro.
A expectativa dos credores que articulam a aprovação da nova solução é que outras três unidades arrendadadas sejam reincorporadas à empresa em um segundo momento. Daí o plano de quitar rapidamente as dívidas trabalhistas, que somam pouco mais de R$ 11 milhões.
Não há nenhuma esperança de que a proposta seja aprovada na assembleia de hoje, até por falta de quórum. Mas, uma vez apresentada, a solução poderá receber o aval dos credores na assembleia agendada para o dia 22.
Fontes que acompanham o imbróglio garantem que há interessados em uma parceria com o Independência, mas que nada vai acontecer antes de uma solução definitiva para a crise.
Valmir Dias Rodrigues ( Bolinha) Anastácio-MS - MS
Estamos na expectativa para que haja um acordo e que o Independencia não vá a falência.Nós credores precizamos que esta empresa volte a operar para que possamos receber nossos créditos, o que seria muito bom para o mercado do boi e da carne, hoje dominado por 2 grandes grupos. Espero tambem que sejamos tratados com mais dignidade e atenção, não só pelo prejuizo que ja tivemos, mas pelo que passamos de dificuldades durante este período sem receber, e nem por isso deixamos de dar atenção aos nossos "tambem" credores.Lembre-se "Nós confiamos em Deus".