Blairo Maggi pode ir para o MInistério da Agricultura

Publicado em 01/12/2010 08:38
Senador eleito do Mato Grosso viaja com Dilma a Tucuruí; e Izabella Teixeira ganha "lobby" de Lula para ficar no Meio Ambiente

O ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (MT) pode ser o nome do PR para o ministério de Dilma Rousseff. Embora não houvesse nenhum motivo especial, ele foi convidado a acompanhá-la ontem à viagem a Tucuruí, para a inauguração de duas eclusas no Rio Tocantins. O nome de Maggi - grande produtor de soja em Mato Grosso e o maior plantador individual do grão no mundo - tem sido lembrado para ocupar o Ministério da Agricultura. 

Como Dilma tem dito que os ministérios não serão entregues aos partidos que os comandam hoje, cresceram as apostas de que o ex-governador pode ocupar a pasta que está com o PMDB e para a qual o partido indicou o ex-deputado Wanger Rossi. 

A possível escolha de Maggi, visto como adversário por muitos defensores do meio ambiente, convivia ontem com o "palpite" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a pasta do Meio Ambiente continue nas mãos da ministra Izabella Teixeira - fiel militante contra abusos cometidos por ruralistas ligados a Maggi. Lula chamou a bióloga de "companheira" em discurso feito a trabalhadores na usina do Estreito, em Tucuruí. 

Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o PR ocupa o Ministério dos Transportes. Primeiro, com o atual prefeito de Uberaba, Anderson Adauto; depois, com o senador amazonense Alfredo Nascimento, que pretende voltar para lá. A eventual escolha de Maggi poderia atrapalhar os planos de Nascimento. 

Quem permaneceu o tempo todo ao lado de Dilma foi a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição derrotada pelo tucano Simão Jatene. Ana Júlia fez chegar à presidente eleita o desejo de ser chamada para uma diretoria da Eletronorte ou do Banco da Amazônia. 

Meio Ambiente

A possibilidade de Izabella Teixeira ficar no Ministério do Meio Ambiente ganhou força com as referências sobre ela feitas por Lula em discurso a trabalhadores da hidrelétrica de Estreito, na divisa entre Maranhão e Tocantins. O presidente, na prática, já a tratou como ministra de Dilma.

"A gente vai preservar o meio ambiente e produzir muito mais. E a Izabella será a companheira, a parceira disso", afirmou o presidente, ao comentar que Dilma continuará as ações na área ambiental e de energia adotadas no atual governo.

É a segunda vez, em dois dias, que Lula torna públicos seus palpites ministeriais. Na segunda-feira, ele havia feit0 algo semelhante, em Brasília, em favor do ministro da Educação, Fernando Haddad. Izabella Teixeira é bióloga, com doutorado em planejamento ambiental, e funcionária de carreira do Ibama.

Dilma ainda não mencionou nenhum nome, ainda, para o Meio Ambiente. O que se sabe é que Izabella passou pelo teste de fogo no governo Lula durante a votação do relatório com mudanças do Código Florestal, na comissão especial da Câmara, em meados deste ano. Na época, a ministra chamou o relator, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para negociar, levou em consideração a necessidade de produtores rurais regularizarem desmatamentos mais antigos e obteve mudanças importantes no projeto, contendo parte das brechas para o aumento do desmatamento no país.

PMDB está certo de que ficará com Cidades e manterá Rossi na Agricultura

Depois de duas rodadas de negociações com a presidente eleita, Dilma Rousseff, o PMDB já dá como certo que vai se manter na Agricultura, permanecendo com o ministro Wagner Rossi, e conquistar a pasta das Cidades. O nome mais cotado para o Ministério das Cidades é o do deputado gaúcho Mendes Ribeiro (PMDB-RS). O nome tem a aprovação das lideranças do partido e vai ao encontro da intenção da presidente em 'premiar' um parlamentar que ajudou a manter a maioria do PMDB na base aliada da campanha dela - uma banda dos peemedebistas gaúchos tentou liberar o partido do compromisso de apoiar Dilma, declarando-se neutro na disputa presidencial de segundo turno.

Uma fonte da equipe de transição disse ao Estado que "os nomes político-partidários" do ministério ficarão uns dias em observação pública até serem confirmados pela presidente Dilma.

Pelas opções negociadas pelo PMDB com Dilma, o partido não terá Moreira Franco na pasta das Cidades. O sinal dessa opção veio com a confirmação de que a presidente aceitou a indicação de Sergio Côrtes para o Ministério da Saúde. Côrtes é, portanto, um nome do Rio e do PMDB de Cabral. "Nesse caso, o partido e o Rio, completaram a cota deles", disse a fonte.

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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