Frigoríficos parados em MT aumentam de 2009 para 2010
A situação dos frigoríficos continuou sendo o ponto negativo para o setor em Mato Grosso. Das 40 plantas frigoríficas com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) – certificação que permite exportação e comercialização das carnes com outros estados –, com capacidade de abate de 38.406 animais/dia, 17 não funcionaram em 2010, o que impactou em 30% a capacidade de abate no Estado. Em 2009, das 38 unidades, 14 estavam paradas.
A situação mais critica continua sendo a da região nordeste, detentora de 4,8 milhões de cabeças, com 78% da capacidade de abate parada e na região noroeste do Estado, onde se concentra mais de 5 milhões de cabeças de gado, 51% da capacidade de abate está comprometida.
O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que “continuamos batendo na tecla de que precisamos de uma política pública voltada para o médio e pequeno empresário da indústria, com linhas de financiamentos compatíveis, pois, acreditamos que seja equivocada a política do BNDES em favorecer apenas os grandes frigoríficos. O Banco Nacional do Desenvolvimento Social foi criado para atender a todos”.
Com a desativação das unidades frigoríficas em operação no Estado, processo iniciado em 2009, percebe-se um afunilamento do mercado de abates, já que muitas dessas unidades paradas estão sendo adquiridas por grandes grupos. Atualmente, como revela o Imea, o JBS Friboi detém 38% do mercado estadual e fechou 2010 abatendo mais de 14,48 mil animais. Em 2009, o grupo deteve 34% do mercado (share) e abateu 12.266 cabeças/ano. Para se ter uma ideia do potencial do JBS, o segundo colocado, Brasil Foods, detém apenas 10% do share, empatado com o Marfrig.
O ranking local segue com a Brasil Foods em segundo lugar, seguido do Marfrig, Independência, Arantes, Frialto e Quatro Marcos. Juntos, os sete grupos abateram em 2010 mais de 38,40 mil bovinos, superando em mais de 2,63 mil, os 35,77 mil animais abatidos em 2009.