Depois do susto, grãos voltam a subir nos EUA

Publicado em 18/03/2011 07:41
O mercado de commodities parece ter superado o susto do início da semana, quando o preço de todos os grãos negociados nas bolsas americanas tiveram quedas expressivas. O temor que os recentes desastres ocorridos no Japão atrapalhassem a recuperação da economia mundial deu lugar novamente aos efeitos dos fundamentos que já vinham garantindo suporte às cotações e voltaram a se destacar.

Na bolsa de Chicago, os preços da soja para entrega em julho subiram 3,7% a US$ 13,435 por bushel. Essa foi a maior alta em dois meses, sustentada pela expectativa de que a demanda por soja americana aumentará, visto que a produção no Brasil será prejudicada pelo excesso de chuvas que atinge o país. Analistas disseram à Bloomberg que as chuvas foram fortes o suficiente para danificar as estradas que ligam as regiões produtoras aos portos, limitando os embarques.

Ainda em Chicago, as cotações do milho e do trigo retomaram o movimento de alta, depois da queda dos últimos dois dias. Os contratos de milho para julho subiram ontem 4,8% para US$ 6,5375 por bushel, enquanto os de trigo com o mesmo vencimento subiram 7,1%, a US$ 7,4525 por bushel.

O relatório semanal de exportações americanas divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentou dados animadores para os dois cereais. As exportações de trigo foram de 858,2 mil toneladas na semana encerrada em 10 de março, aumento de 31% sobre a semana anterior.

No caso do milho, as vendas semanais mais que dobraram de uma semana para outra, sendo que um único negócio de 116 mil toneladas foi fechado para ser entregue até o fim de agosto para um destino desconhecido. "Os dados de exportação sugerem que a demanda está melhorando", disse Mark Schultz, analista da Northstar Commodity à Bloomberg.

Em Nova York, o café subiu pelo segundo dia seguido, resultado do tom positivo do mercado. Os contratos para maio subiram 2,1% (555 pontos) para US$ 2,709 por libra-peso.

Sobre o Japão, o mercado já começa a reduzir os temores em relação a um possível desastre nuclear. "Quando a situação se estabilizar no Japão, eles terão que elevar suas compras durante o processo de reconstrução das áreas mais atingidas", disse Tim Hannagan, analista da PFGBest à Bloomberg.

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Fonte:
Valor Econômico

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