Café, grãos e boi sobem na BM&FBovespa

Publicado em 04/04/2011 07:54
O primeiro trimestre do ano chega ao fim com um saldo positivo para as commodities agrícolas negociadas na BM&FBovespa. Os quatro principais produtos - boi gordo, café, soja e milho - acumularam alta no período. Entres as commodities, o café foi o que teve o maior ganho de janeiro a março - de 32,91%. Em 12 meses, a valorização do café alcançou 117,20%, conforme cálculos do Valor Data.

Março foi o décimo mês consecutivo de alta nos preços do café na bolsa. O levantamento do Valor Data leva em consideração os preços médios dos contratos de segunda posição, geralmente os de maior liquidez, negociados na BM&FBovespa. No mês passado, o café teve um preço médio de R$ 351,02 por saca, em alta de 3,69% sobre fevereiro.

Questões sazonais, no entanto, começam a pressionar para baixo os preços de alguns produtos na bolsa brasileira. A colheita da safra recorde de soja, que avança a cada dia no Brasil, já segura as cotações no mercado interno.

"A queda, no entanto, é limitada pelos altos preços que ainda são observados na bolsa de Chicago", afirma Steve Cachia, analista de grãos da Cerealpar. Segundo ele, mesmo com o dólar desfavorável para as exportações, são as cotações na bolsa americana que estão limitando quedas mais acentuadas no mercado doméstico. Na BM&FBovespa, a soja recuou 3,33% no mês, mas registra ganho de 0,97% no ano e de 42,49% em relação a março do ano passado.

No milho, a alta persistiu em março. No mês, o ganho foi de 5,55% e no ano, de 12,72%. Em 12 meses, a valorização chega a 52,19%. Os preços mantiveram-se firmes influenciados pelo mercado internacional, onde o milho vem registrando altas por conta dos estoques baixos e da maior demanda, principalmente por causa do etanol. Além disso, a colheita de milho ainda é lenta no país.

Também sofrendo com alguns efeitos sazonais, porém, menos intensos, os preços do boi gordo ficaram praticamente estáveis em março. Apesar de a oferta de animais para abate ainda não estar "confortável" para os frigorífico - um fator de alta -, a queda na demanda por carne bovina, comum no início do ano, fez com que o preço médio em março ficasse praticamente nos mesmos níveis do mês anterior.

"Os custos maiores dos consumidores no início do ano fazem com que a demanda recue nesse período do ano. Aliado a esse fator sazonal, a qualidade dos animais que chegam ao mercado é de baixa, com bois inteiros [sem estarem castrados] e muitas fêmeas", afirma Marcelo Gumiero, analista da corretora Icap.

A arroba do boi gordo encerrou março com preço médio de R$ 102,20 na BM&FBovespa. O valor é 0,13% menor que em fevereiro. No ano, o ganho é de 5,31% e em 12 meses, de 29,39%.

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Fonte:
Valor Econômico

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