Cultivo de fumo não tem substituto a curto prazo

Publicado em 06/04/2011 13:48
A substituição completa da cultura do fumo por outra é inviável a curto e médio prazos. A avaliação é do economista Glaison Guerrero, da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul.
Guerrero, juntamente com o economista César Conceição, é autor da pesquisa que identificou as aglomerações produtivas no Rio Grande do Sul e sua importância para cada região. Na microrregião de Santa Cruz do Sul, que abrange 16 municípios, foram apontados quatro setores: fabricação e processamento do fumo; fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal; fabricação de artefatos de couro e confecções. O tabaco ocupa a liderança econômica e, por ser uma cultura centenária e com uma grande estrutura produtiva, avalia que dificilmente poderá ser substituído a curto ou médio prazos, mesmo com as campanhas antitabagistas.
Diante das dificuldades que vêm atingindo o setor, avalia que a região deve trabalhar no sentido de diversificar a área agrícola de forma gradativa, investindo na cadeia da agropecuária, que envolve o plantio de culturas que possam ser associadas à criação de animais (gado, suínos, aves e outros). Sugere a união de produtores em cooperativas, assim como a atração de novas empresas nacionais e multinacionais.
Lembra, porém, que as plantas industriais para o processamento e a industrialização de produtos agropecuários requerem altos investimentos em ativos específicos, pois geralmente, abrangem processos de produção contínuos que operam com altas economias de escala. Com tais características, Guerrero adverte que é preciso criar uma estrutura de relações contratuais a montante (para o suprimento de matéria-prima) e a jusante (fornecimento de produto elaborado ou semi-industrializado) adequadas, que envolvem a definição e a garantia de preços, a garantia de entrega e a qualidade e a quantidade dos produtos. “Por isso, a definição de uma alternativa viável para a região passa pelo estabelecimento de múltiplas decisões econômicas e organizacionais.”
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