Nordeste de Mato Grosso quer redução de ICMS no transporte de animais

Publicado em 19/04/2011 07:46
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) protocolou, na semana passada, na Secretaria de Fazenda do Estado, um pedido de redução no ICMS no transporte interestadual de bovinos provenientes da região nordeste do Estado. Hoje, o imposto é de 7%, e a reivindicação é que caia à metade como já ocorreu entre abril e setembro de 2009.

Segundo Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, o objetivo é viabilizar as vendas de gado bovino para abate em frigoríficos de outros Estados, uma vez que os pecuaristas dessa região de Mato Grosso têm poucas opções de empresas para vender seus animais.

A JBS, maior empresa de carne bovina do Brasil e do mundo, é dona das duas unidades de abate em operação na região, em Água Boa e Barra do Garças, segundo Vacari. "Pedimos a redução do ICMS para que frigoríficos de fora [do Estado] sejam estimulados a buscar o boi da região", afirmou. Procurada, a JBS não se pronunciou sobre o assunto.

Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), a região vem sofrendo com "falta" de plantas de abate, já que das cinco que existem na região, duas encerraram suas operações no início de 2009 e outra deixou de abater no fim do ano passado, reflexo da crise do setor. Restaram apenas as da JBS na região que tem o segundo maior rebanho de Mato Grosso, com cerca de 5,48 milhões de cabeças de gado.

Conforme o Imea, sem a opção de enviar o gado para fora do Estado, os pecuaristas têm de abater os animais em frigoríficos mais distantes, por isso recebem descontos no valor da arroba do boi em função do frete.

Levantamento do Imea mostra que a arroba do boi nessas duas praças está pressionada em relação a outras regiões do Estado pela demanda menor. Em Água Boa, a arroba ficou até 3,3% abaixo da média do Estado em fevereiro de 2011. Em abril, a diferença era de 2,5% negativos. Em Barra do Garças, a arroba chegou a valer 3,6% mais que a média estadual em setembro de 2008. Em março deste ano, valia 4,2% menos que a média estadual.

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Fonte:
Valor Econômico

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