CMN vota medidas para o arroz nesta quinta-feira

Publicado em 28/04/2011 09:04
Federarroz obteve garantia de duas medidas, mas reforça a necessidade do governo federal intervir com mais mecanismos que garantam renda ao arrozeiro.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) votará duas importantes medidas para o Setor Produtivo Arrozeiro na sua reunião desta quinta-feira (28/04). O anúncio foi feito na terça-feira (27/04), em audiência do presidente da Federarroz, Renato Rocha, e dirigentes de outras entidades, como Farsul e Fetag, com representantes do governo federal, em Brasília. A primeira medida, anunciada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, é a análise da prorrogação de 100% dos Empréstimos do Governo Federal (EGFs) da safra 2009/10 e também um novo prazo (180 dias) de adesão ao Produsa, programa que repactua as dívidas dos produtores que tiveram perdas na safra 2009/10, afetadas pelas enchentes e enxurradas. “São pleitos do setor que já eram demandados desde fevereiro. Agora esperamos que o CMN aprove as medidas”, avisa.

Renato Rocha destacou que as audiências com o chefe do gabinete da Presidência, Giles Azevedo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Wagner Rossi, e o secretário de Política Agrícola, do MAPA, Edílson Guimarães, acompanhadas também pelo secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, serviu para reforçar mais uma vez a conjuntura de dificuldade vivida pelos arrozeiros gaúchos e catarinenses, principalmente, e reforçar as demandas emergenciais. Técnicos dos ministérios e parlamentares, como o deputado federal Luís Carlos Heinze, acompanharam a reunião.

O setor reforçou o pedido de estabelecimento de um preço-meta que compense as perdas e dê suporte ao custo de produção, medidas eficientes e urgentes de escoamento dos excedentes, inclusive doações humanitárias, congelamento das dividas até 31/10 e solução para o endividamento, diante da inviabilidade de pagamento dos financiamentos agrícolas, e o bloqueio ou medidas compensatórias para as importações do Mercosul, atualmente desnecessárias, diante dos excedentes de produção brasileiros e os altos estoques de passagem. Para evoluir o pedido de congelamento das dividas foi solicitado as entidades um levantamento do montante de recursos emprestados em custeios, investimentos e comercialização em bancos públicos e privados e posterior apresentação ao MAPA e Fazenda.

Na tarde de terça-feira, além de contato com o ministro Wagner Rossi, o presidente da Federarroz e dirigentes arrozeiros gaúchos se reuniram com o novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo dos Santos e com o Diretor de Abastecimento Rogério Colombini, para cobrar retorno da proposta alternativa das garantias, apresentada em 14/04 (garantia em produto arroz de 10%). O dirigente da Instituição informou que o pedido foi negado e que se mantém as garantias da cláusula 27. Indignado com a informação o presidente da Federarroz questionou a CONAB quanto ao cumprimento de sua “missão e competências” e solicitou ao presidente Evangevaldo que busque junto ao Ministro da Agricultura ou com a própria presidente Dilma uma solução política ao impasse, ou de nada adiantará os recursos anunciados para AGF em fevereiro. Quanto as informações desencontradas no estado e em Brasília, o presidente da Conab informou que o superintendente regional no Rio Grande do Sul, Carlos Manoel Farias, será chamado a Brasília para uma reunião de alinhamento das informações e busca de soluções ao impasse ainda nesta semana.

Ao final da maratona de reuniões o presidente da Federarroz reforçou ao Secretário Mainardi a necessidade de reunião direto com a presidente Dilma Rousseff, onde as entidades acompanhadas do governador Tarso Genro, devem cobrar as promessas da presidente Dilma manifestada em 29/01 no Palácio Piratini.

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Fonte:
Federarroz

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