Preço baixo pago pelo fumo desestimula atividade no RS

Publicado em 26/05/2011 07:38
Agricultores planejam reduzir área plantada da próxima safra. Oferta maior que demanda impacta diretamente no preço do produto.
O agricultor Claudério Kopp herdou o ofício do pai, que iniciou o plantio em Santa Cruz do Sul há 50 anos. A atividade já teve altos e baixos e enfrenta este ano um momento de incertezas. Prestes a iniciar a próxima safra, a família Kopp vendeu somente a metade da produção. O restante do tabaco está estocado no galpão de propriedade a espera de valorização.

As lavouras de fumo do Sul do Brasil produziram 800 mil toneladas, volume quase 20% maior que a safra anterior. A comercialização segue lenta com menos da metade da produção vendida para as indústrias.

No Rio Grande do Sul, os agricultores estão recebendo, em média, R$ 5 pelo quilo do fumo. A oferta maior do que a demanda impacta diretamente no preço pago pelo produto, que está cotado 18% menos que o valor praticado há um ano. Sem a rentabilidade esperada, muitos fumicultores planejam reduzir a próxima safra.

Adequar o tamanho da produção à capacidade da indústria é o que as entidades do setor fumageiro estão recomendando. “Nós já desencadeamos uma campanha e orientação para que possamos trabalhar com uma redução de área em torno de 20% para a próxima safra para evitar nova safra com novo excedente de tabaco, que possa resultar em achatamento ainda maior de preço ao produtor”, explica Heitor Petry, vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil.

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Fonte:
Globo Rural

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